Abuja - O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, proibiu todas as viagens ao estrangeiro de ministros e outros funcionários nos próximos três meses, com excepção para deslocações "absolutamente necessárias", noticiou hoje o diário nigeriano The Premium Times.
A proibição figura numa ordem presidencial enviada por Gemi Gbajabiamila, chefe de gabinete de Bola Tinubu, ao secretário do Governo, George Akume, detalha o diário.
A autenticidade da ordem presidencial foi confirmada por vários ministros, incluindo um que disse ter recebido uma cópia da Presidência, face a preocupações expressas por Tinubu sobre o elevado custo das deslocações oficiais ao estrangeiro.
No texto presidencial, salienta-se que a medida foi adoptada "tendo em conta os actuais desafios económicos e a necessidade de uma gestão fiscal responsável" e afirma-se que a ordem afecta "todas as viagens internacionais financiadas com fundos públicos para todos os funcionários do Governo federal a todos os níveis".
"Esta medida temporária destina-se a reduzir os custos da governação e pretende ser uma medida de poupança de custos que não compromete as funções do Governo", justifica-se no texto, e acrescentou que todos os funcionários que tenham de efectuar as viagens devem procurar e obter a aprovação presidencial pelo menos duas semanas antes da viagem, que deve ser considerada absolutamente necessária".
O Chefe de Estado já tinha aprovado em Janeiro, um "corte maciço" no custo das viagens oficiais a nível nacional e internacional, incluindo a redução da dimensão das comitivas de altos funcionários e a delegação da responsabilidade pela segurança das viagens domésticas nos estados onde se realizam as deslocações.
O anúncio foi feito na sequência de uma onda de críticas a Tinubu, depois de mais de 400 pessoas terem feito parte da delegação da Nigéria à Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), em Dezembro de 2023, nos Emirados Árabes Unidos.
Bola Tinubu tomou posse em Maio de 2023, depois de ter vencido as eleições realizadas em Fevereiro, marcadas por alegações de fraude por parte de vários opositores que disseram não reconhecer a derrota, embora os tribunais tenham acabado por confirmar a vitória do actual chefe de Estado. DSC/AM