Presidente ghanês no Burkina Faso após polémica sobre mercenários russos

     África           
  • Luanda     Quinta, 11 Maio De 2023    16h27  

Ouagadougou - O Presidente do Ghana, Nana Akufo-Addo, visitou o Burkina Faso na quarta-feira, cinco meses após declarações sobre a presença de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner neste país terem causado polémica, anunciou hoje a presidência burquinabê.

Akufo-Addo reuniu-se com Ibrahim Traoré, que lidera o Governo de transição e autor de um golpe de Estado em 30 de Setembro de 2022, para discutir "grandes questões na sub-região, enfrentando o desafio da segurança", segundo a fonte oficial.

A visita do Presidente ganês ocorreu cinco meses depois de uma querela diplomática entre os dois países, na sequência das suas declarações sobre um alegado acordo com o grupo Wagner no Burkina Faso, assolado por ataques de grupos extremistas islâmicos.

Em meados de Dezembro, durante uma reunião nos Estados Unidos com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o Presidente ghanês disse que o Burkina Faso tinha "chegado a um acordo para, tal como o Mali, empregar forças Wagner".

"Acredito que lhes foi atribuída uma mina no sul do país como forma de pagamento pelos seus serviços", acrescentou, chegando a especificar que havia "mercenários russos na fronteira" entre o Burkina Faso e o Ghana.

O Governo burquinabê reagiu qualificando as considerações como "muito graves", retirou o seu embaixador em Acra e convocou o embaixador ghanês em Ouagadougou para apresentar o seu protesto.

Ibrahim Traoré e o seu Governo negaram repetidamente o recurso aos mercenários do grupo russo mas, depois de expulsarem os soldados franceses presentes em Ouagadougou, admitiram que o país se aproximou da Rússia, "um aliado estratégico" como outros.

O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está envolvido desde 2015 numa espiral de violência de cariz extremista islâmico que surgiu no Mali e no Níger há alguns anos e se espalhou para além das suas fronteiras.

Nos últimos oito anos, a violência deixou mais de 10.000 mortos - civis e soldados - de acordo com organizações não-governamentais, e cerca de dois milhões de deslocados internos. AM/DSC





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