Protestos terão provocado pelo menos 12 mortos no reino de Essuatíni

     África           
  • Luanda     Quinta, 21 Outubro De 2021    16h33  

Mbabani - Pelo menos 12 pessoas morreram esta semana devido à repressão dos protestos pró-democracia no reino de Essuatíni (antiga Suazilândia), que exigem reformas sociais ao regime do rei Mswati III, o último monarca absoluto em África, revelaram hoje fontes opositoras.

Segundo a Swaziland Solidarity Network, um grupo crítico do monarca com sede na vizinha África do Sul, morreram 12 pessoas nas manifestações, mas o número não foi ainda confirmado pelo Governo local. 

"Estão a matar pessoas, estão a afastá-las das suas casas porque querem a democracia. Essuatíni como monarquia absoluta está acabado, tem de dar espaço a vozes diferentes e dissidentes. [O rei] deve permitir que o direito e a democracia prevaleçam", disse o secretário-geral do grupo, Themba Masango, citado pela agência noticiosa Efe.

Os protestos, inicialmente impulsionados por estudantes, espalharam-se por todos os sectores, desde trabalhadores da área da saúde, dos transportes, a funcionários públicos.

No fim de semana passado, o Governo ordenou o encerramento das escolas do país e o destacamento do Exército de modo a controlar os estudantes, o que foi internacionalmente criticado, incluindo pelas Nações Unidas. 

De acordo com a emissora pública sul-africana SABC (South African Broadcasting Corporation), estas medidas foram hoje agravadas pelo encerramento de alguns serviços de Internet, incluindo o acesso à rede social Facebook, e dos serviços telefónicos. 

Dada a tensão crescente, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) decidiu hoje organizar uma missão de visita ao país e reunir-se com Mswati III através de representantes da África do Sul, Namíbia e Botsuana. 

Esta nova onda de protestos retoma o descontentamento que tinha atingido o país em Junho e Julho deste ano contra a última monarquia absoluta africana. 

O reino de Essuatíni, que está sob o domínio de Mswati III desde 1986, tem uma população de 1,2 milhões de pessoas, principalmente do meio rural. Cerca de 60 por cento da sua população vive abaixo do limiar de pobreza, de acordo com dados do Banco Mundial.

A situação social contrasta com a vida "luxuosa desfrutada por Mswati III e pela sua familia".



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