Bangui - Sidiki Abass, um dos principais chefes de um grupo armado membro da coligação que combate o governo centro africano morreu nesta sexta-feira, 02, depois de ter sido ferido em combate, em Novembro último, noticia a AFP.
Num comunicado lido pelo general Bobo, o grupo "3R" anunciou que Sidiki Abass morreu a 25 de Março, num posto médico do Norte do país, depois de ter sido ferido durante os ataques das forças governamentais em Bossembélé, a 16 de Novembro de 2020.
Várias fontes de segurança e da ONU referem que Abass foi ferido em Dezembro, durante os primeiros combates, quando a sua caravana foi atacada pelas forças governamentais e seus aliados.
Sidiki Abass, alcunha de Bi Sidi Souleymane, era um dos principais chefes dos grupos armados centro africanos, o Regresso, Reclamação e Reabilitação “3R”, maioritariamente composto por elementos de etnia peul, e que foi criado para defender a comunidade de pastores nómadas do Noroeste da RCA, onde são recorrentes os conflitos com os camponeses sedentários.
Em Dezembro, Sidiki Abass e o seu grupo juntaram-se à coligação dos patriotas para a mudança (CPC), uma aliança de movimentos rebeldes centro africanos que lançou uma ofensiva a duas semanas da eleição presidencial para impedir a reeleição do Presidente Touadéra, e derrubar o regime.
Desde de Janeiro ultimo, tropas centro africanas apoiadas pelos Exércitos russo e ruandês, levam a cabo uma ofensiva contra a CPC, permitindo libertar a maior parte das localidades ocupadas pelos rebeldes, em Dezembro.
Embora tenham pedido terreno, os 3R continuam a ser uma ameaça no Noroeste, onde o seu domínio da zona permite-lhes a controlar algumas pistas acessíveis às forças governamentais.