Kivu (RDC) – Habitantes de uma aldeia aurífera do território de Mwenga (Leste) da Republica Democrática do Congo (RDC), manifestaram segunda-feira, 13, contra as empresas chinesas suspeitas de “exploração ilegal” de ouro.
Centenas de habitantes da localidade de Kitutu “ queimaram pneus, obstruíram a circulação rodoviária para exigir das empresas chinesas o fim das suas actividades ilegais, desobedecendo a ordem do governo provincial, disse a Agência Anadolu (AA), Jean- Pierre Mukuninwa, responsavel de uma cooperativa mineira local.
Justin Mubarikiwa, membro da sociedade civil local que participou da manifestação, afirmou que a actividade dos chineses empobrece a população, denunciando ainda a destruição das florestas com os seus engenhos. A Polícia dispersou a manifestação com gás lacrimogéneo, sem causas vítimas.
A 20 de Agosto último, Theo Ngwabidje, governador do Kivu-Sul que inclui o território de Mwenga, proibibiu as actividades das empresas mineiras acusadas de vários abusos e violações das normas na exploração das minas de ouro naqule território. A deisão foi criticada pela ministra das Minas, provocando criticas da população.
A Assembleia nacional enviou uma comissão parlamental de inquérito encarregue de verificar as informações verídicas sobre a exploração ilegal dos recursos naturais e a protecção do ambiente, particularmente no território de Mwenga.
Depois da publicação pelo jornalista camaronês Alain Foka, de um documentário sobre a exploração ilegal dos minerais da RDC, o Embaixador da China naquele país, Zhu Jing, assegurou que o seu país condenava qualquer açambarcamento dos recursos naturais do Congo.
Por outro lado, manifestou a disponibilidade do governo chinês de colaborar com as autoridades congolesas, para sancionar os responsáveis.
A RDC, também considerada escândalo geológico, dispõe de importantes jazigos de minerais diversos calculados em 25 bilioes de dólares, superior as reservas de petróleo saudita que são de 18 bilioes, e a reserva federal americana, 14 biliões, mas pena em financiar o seu orçamento, enquanto metade da sua população vive a baixo do nível da pobreza.