Resenha Africana da Semana

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  • Luanda     Sábado, 03 Fevereiro De 2024    08h29  
Mapa de África
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Divulgação

Luanda – O alerta da Organização das Nações Unidas (ONU) para a situação de insegurança alimentar na Etiópia devido à seca, que continuará a aumentar nos próximos meses para 10,8 milhões de pessoas, constituiu, dentre outros assuntos, destaque do noticiário africano na semana que hoje finda.

Segundo as Nações Unidas, ainda é possível evitar uma "grande catástrofe humanitária".

"O Governo da Etiópia e os parceiros humanitários efectuaram uma avaliação e análise da situação, que concluiu que o número de pessoas em situação crítica de insegurança alimentar vai continuar a aumentar nos próximos meses, atingindo um pico de 10,8 milhões durante a época de escassez de Julho a Setembro", afirmou a organização em comunicado.

O impacto da seca induzida pelo fenómeno meteorológico do El Niño afectou as chuvas de verão, provocando uma grave escassez de água, campos secos e colheitas reduzidas, o que resultou num aumento da desnutrição.

Ainda nos último ssete dias, o Programa Alimentar Mundial (PAM) solicitou ao exército sudanês e às Forças de Apoio Rápido (RSF) que permitam a entrega de ajuda urgente a cinco milhões de sudaneses, que enfrentam uma situação de emergência devido à fome.

Há cerca de uma centena de camiões da agência das Nações Unidas bloqueados. E nove meses após a eclosão da guerra civil no país, em Abril do ano passado, há agora mais de 18 milhões de pessoas a enfrentar uma crise de fome - o terceiro nível mais elevado de emergência - no país.

Destas, cinco milhões necessitam de abastecimento alimentar urgente na capital, Cartum, bem como nas regiões de Darfur e Kordofan.

Um outro assunto destacado no noticiário africano da Angop foi a suspensão, pelo  governo de transição do Níger, formado por uma junta militar, da associação Casa da Imprensa, que durante o golpe de Estado de Julho apoiou o Presidente deposto, informou a agência de notícias ANP.

O Ministério do Interior do Níger aceitou suspender a associação "até nova ordem", segundo a ANP.

Para gerir a associação foi criado uma comissão composta pelo secretário-geral do ministério como presidente e o secretário-geral do ministério da comunicação como relator.

Ainda durante a semana finda, a Organização Não Governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) apelou ao arquivamento do processo contra o jornalista da República Democrática do Congo (RDC) Stanis Bujakera e exigiu a sua libertação imediata.

O correspondente da revista Jeune Afrique foi detido há quase cinco meses, acusado de divulgar informações falsas sobre o homicídio do opositor Chérubin Okende num artigo não assinado que implica os serviços secretos militares.

As autoridades da República Democrática do Congo "devem retirar imediatamente todas as acusações contra Stanis Bujakera, libertá-lo e garantir que os jornalistas possam fazer o seu trabalho sem medo de serem presos ou perseguidos judicialmente", escreveu o investigador sénior da Human Rights Watch para a RDC, Thomas Fessy, num comunicado de imprensa citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

Na Tunísia,  o Presidente Kais Saied decidiu prorrogar até 31 de Dezembro o estado de emergência, medida em vigor após sucessivos ataques ‘jihadistas’ em 2015 e que se mantém ininterruptamente desde então, segundo publicou o Boletim Oficial do Estado.

Ao chegar ao poder no final de 2019, Kais Saied, professor universitário de Direito Constitucional, reconheceu que esta medida era "anti-constitucional" e prometeu limitá-la exclusivamente ao combate ao terrorismo, embora a tenha mantido até agora.

O estado de emergência confere poderes excepcionais às forças de segurança, permitindo limitar a circulação da população ou proibir manifestações ou greves que possam levar à desordem sem autorização judicial prévia, razão pela qual as organizações de direitos humanos denunciam o seu carácter "abusivo”.

Mereceu igualmente destaque, nos últimos sete dias, o anúncio feito pela Polícia Sul-africana sobre o desmantelamento  de uma rede de tráfico humano que atraía mulheres da Índia com falsas promessas de emprego para prostituição no país africano.

Em comunicado, a Polícia Sul-Africana (SAPS, na sigla em inglês) declarou que seis homens foram detidos por tráfico de pessoas, tráfico sexual, sequestro e extorsão, durante uma operação policial em Mayfair, um subúrbio situado a oeste da capital económica, Joanesburgo.

Na operação, a polícia sul-africana resgatou duas mulheres indianas, de 20 e 24 anos, refere-se no comunicado.

E na República Democrática do Congo (RDC), pelo menos 32 pessoas foram mortas desde sábado último em ataques no nordeste da RDC atribuídos às Forças Democráticas Aliadas (ADF), cinco delas decapitadas numa igreja, comunicou a sociedade civil.

"Estamos cansados destes múltiplos ataques contra civis e contra as nossas localidades", declarou o porta-voz da sociedade civil da cidade de Beni, na província de Kivu do Norte, Delphin Mupanda, à agência de notícias EFE.

Mupanda apelou aos exércitos da RDC e do vizinho Uganda, que desde Novembro de 2021 têm uma operação militar conjunta em curso, que ponham fim a estes rebeldes.CS

 





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