Resenha Africana da Semana

     África           
  • Luanda     Sábado, 10 Fevereiro De 2024    07h37  
Mapa de África
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Luanda – A morte do Presidente da Namíbia, Hage Geingob, por doença aos 82 anos, constituiu, dentre outros, o assunto de destaque do noticiário africano durante a semana que hoje finda.

Segundo anunciou a Presidência da República, Geingob estava internado no Hospital Lady Pohama da capital namibiana, Windhoek, após ser diagnosticado com cancro.

Um exame médico regular realizado no início de Janeiro deste ano revelara que o chefe de Estado tinha cancro, segundo o seu gabinete que não forneceu pormenores sobre o seu estado.

Entretanto, o vice-presidente Nangolo Mbumba tomou posse, no  domingo à tarde, em Windhoek, como novo Presidente da República da Namíbia na sequência da morte do Presidente Hage Gottfried Geingob.

Nangolo Mbumba, que passa a ser o quarto Presidente da Namíbia e por imperativo constitucional, era até então Vice-Presidente da República, cargo que deixa para Netumbo Nandi Ndeitwa.

E o secretário-geral das Nações Unidas  ONU, António Guterres, expressou condolências pela morte do Presidente da Namíbia, Hage Geingob, considerando-o um "estadista respeitado" que dedicou a vida a "servir e desenvolver" o país.

"Geingob era um estadista respeitado e com princípios que dedicou a vida a servir e a desenvolver o país. Um proeminente activista anti-apartheid e pioneiro da transformação da energia verde em África, tornou-se o primeiro chefe de Governo da Namíbia em 1990", afirmou António Guterres, em comunicado.

Fez igualmente parte dos assuntos destacados no noticiário africano da Angop,  a declaração da  Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que considera o pedido do Burkina Faso, Mali e Níger, países liderados por juntas militares, para abandonarem a organização não cumprir as condições estatutárias para ser aceite.

"A decisão precipitada não teve em conta as condições para a retirada da adesão, adoptadas no Tratado Revisto da CEDEAO de 1993", afirmou o presidente da comissão do bloco regional, Omar Alieu Touray, no início de uma cimeira ministerial extraordinária da organização, na sua sede, em Abuja, capital da Nigéria.

"Mas o mais importante é que os três Estados membros não reflectiram verdadeiramente sobre as implicações desta decisão para os seus cidadãos", acrescentou, sem entrar em pormenores.

Ainda nos últimos sete dias, o parlamento senegalês aprovou uma lei que adia as eleições presidenciais de 25 de Fevereiro para 15 de Dezembro e prorroga por um ano o mandato do Presidente cessante, Macky Sall.

Entretanto, os Estados Unidos afirmaram que o adiamento das eleições presidenciais senegalesas para 15 de Dezembro "não pode ser considerado legítimo".

Por isso, exortaram o Governo do Senegal "a organizar as eleições presidenciais em conformidade com a Constituição e leis eleitorais".

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com as medidas tomadas para adiar as eleições presidenciais senegalesas de 25 de Fevereiro, uma medida que vai contra a forte tradição democrática do país", declarou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado.

Também na semana finda, o  Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu, em Dakar, que a paz no Senegal "é muito importante" para o seu país e para a própria sub-região e pediu que seja preservada pelos senegaleses.

Sissoco Embaló deslocou-se quinta-feira ao Senegal, palco de violentas manifestações pelas ruas da capital, Dakar, de opositores ao presidente deste país, Macky Sall, que anunciou o adiamento das eleições presidenciais, que deveriam ter lugar no próximo dia 25.

A oposição, que se tem confrontado nas ruas de Dakar com as forças de ordem, considera a decisão de Sall, "uma manobra para se manter no poder" já que, formalmente, não pode concorrer a um terceiro mandato.

"A paz no Senegal é muito importante para a Guiné-Bissau, a Gâmbia é a nossa sub-região. É por isso que vim ver o Presidente Macky Sall e apoiar o povo senegalês", afirmou Sissoco Embalo, em declarações aos jornalistas.

Foi igualmente noticiado o apelo feito pelas Agências das Nações Unidas que enfatiza a ajudas que somam 4,1 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) para responderem às "necessidades humanitárias mais urgentes" dos civis no Sudão e dos refugiados em países vizinhos.

Após dez meses de guerra entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), metade da população do Sudão - cerca de 25 milhões de pessoas - foi afectada e necessita de assistência humanitária ou de protecção, referem num comunicado de imprensa conjunto o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) e o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

O OCHA, que comanda a resposta no Sudão, precisa de 2,7 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) para responder às necessidades mais urgentes de 14,7 milhões de pessoas.

O ACNUR, que coordena o Plano Regional de Resposta aos Refugiados, solicita 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) e visa cerca de 2,7 milhões de pessoas em cinco países vizinhos do Sudão, detalham no comunicado.

E por fim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que em Janeiro houve um aumento "grave dos casos de cólera" em dez países da África Oriental e Austral e alertou para o risco de uma epidemia.

Trata-se da Zâmbia, Zimbabwe, Moçambique, Tanzânia, República Democrática do Congo, Etiópia e Nigéria, que registaram surtos activos de cólera, com um total de 26 mil casos e 700 mortes, segundo a OMS.

Na Zâmbia, a vacinação contra a cólera começou nas comunidades mais afectadas, com o objectivo de vacinar 1,7 milhões de pessoas, enquanto no Zimbabwe a cobertura está prevista para 2,3 milhões de pessoas. MOY/CS





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