Resenha Africana da Semana

     África           
  • Luanda     Sábado, 30 Março De 2024    08h14  
Mapa de África
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Divulgação

Luanda - A vitória do opositor Bassirou Diomaye Faye à primeira volta das eleições presidenciais senegalesas dominou o noticiário africano da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.

No pleito, em que concorreram 19 candidatos, Bassirou Diomaye Faye recolheu 54,28% dos votos, enquanto o aspirante governamental Amadou Ba ficou com 35,79%.

Bassirou Diomaye Faye, de 44 anos, prepara-se agora para suceder a Macky Sall, cujo mandato termina a 2 de Abril.

Na primeira intervenção pública, Faye afirmou que ia esforçar-se "para reconstruir as instituições e reforçar as bases da coexistência".

Segundo o novo Chefe de Estado, as eleições presidenciais são, acima de tudo, uma vitória do povo senegalês na luta pela defesa da soberania e dos valores democráticos. Esta vitória pertence, portanto, a todos os senegaleses aqui e na diáspora".

Tanto o Presidente cessante, Macky Sall, como o antigo primeiro-ministro e candidato do partido no poder, Amadou Ba, aceitaram a derrota e felicitaram o rival nas urnas.

Bassirou Diomaye Faye, que há 10 dias antes da realização das eleições estava na prisão, vai tornar-se no mais jovem Presidente do Senegal, depois de uma histórica vitória alcançada logo à primeira volta.

É o quinto Presidente da história deste país da África Ocidental com 18 milhões de habitantes.

Na semana que hoje termina, A ANGOP destacou também que o Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul desde 1994, perdeu uma acção judicial para ilegalizar o partido político do ex-presidente Jacob Zuma, candidato às eleições gerais em 29 de Maio.

Segundo o juiz Lebogang Modiba do Tribunal Eleitoral, no Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, a acusação do ANC carecia de "mérito", considerando que o registo do partido uMkhonto weSizwe (MKP) pela Comissão Eleitoral Independente (IEC, na sigla em inglês) decorreu acordo com a legislação eleitoral.

O juiz sul-africano frisou que o ANC deveria ter instituído a acção legal dentro do prazo de três dias após a decisão da Comissão Eleitoral.

A Comissão Eleitoral aprovou o registo da nova formação política de Zuma no ano passado, tendo argumentado que "não existe nada de ilegal" no registo do partido MKP.

Todavia, na acção judicial, citada pela imprensa local, o ANC acusou a Comissão Eleitoral de "irregularidade" ao registar o partido MKP, salientando que se o partido político do antigo chefe de Estado sul-africano, e ex-líder do ANC governante, contestar as eleições gerais deste ano "será uma ameaça à realização de eleições livres e justas".

O ANC, antigo movimento nacionalista no poder há três décadas na África do Sul, processou também recentemente o MKP no Tribunal Superior de KwaZulu-Natal, na cidade portuária de Durban, sudeste do país, sobre a alegada violação dos direitos autorais da marca uMkhonto weSizwe (MK) - 'A Lança da Nação', em língua Zulu -, o antigo braço armado (1961-1994) do Congresso Nacional Africano (ANC) durante a luta de libertação armada contra o anterior regime de 'apartheid'.

Jacob Zuma, que foi Presidente, entre 2009 e 2018, é o candidato presidencial do partido MKP, e foi suspenso pelo ANC, no poder no país, em Janeiro.

As eleições gerais na África do Sul, marcadas para 29 de Maio, assinalam as primeiras três décadas de democracia sob a governação do ANC, de Nelson Mandela, após a queda do anterior regime de 'apartheid' em 1994.

Na semana de 24 a 30 deste mês, a ANGOP destacou igualmente o anúncio do estado de catástrofe natural em 23 dos 28 distritos do Malawi, declarado pelo Presidente Lazarus Chakwera, após uma avaliação governamental dos danos causados pel “El Niño” na produção agrícola.

Segundo o chefe de Estado, “além da precipitação tardia e irregular, esses distritos foram confrontados com pouca chuva, inundações e períodos de seca prolongada que afectaram seriamente as culturas e as perspectivas de produção alimentar".

Chakwera disse ainda que a avaliação inicial efectuada pelo Governo indica "que quase dois milhões de famílias de agricultores foram afectadas e que 749.113 hectares de milho 44,3% da área cultivada do país, foram danificados".

Sublinhando, por isso, que o Malawi precisa de 200 milhões de dólares para satisfazer necessidades de milhões de cidadãos que correm risco de fome devido à seca, ligada ao fenómeno do “El Niño”.

"Apelo a todos os malawianos, no país e no estrangeiro, bem como aos nossos parceiros de desenvolvimento, à comunidade internacional, às agências dedicadas das Nações Unidas, ao Banco Mundial, às organizações não governamentais, ao sector privado local, aos membros do parlamento e a qualquer pessoa em posição de fornecer recursos, financeiros ou em espécie, para apoiarem esta causa", afirmou.

O Presidente do Malawi estimou que sejam necessárias cerca de 600 mil toneladas de milho, num valor equivalente a 200 milhões de dólares , para responder à grave situação que o país enfrenta.

Outro destaque no período em análise, foi o anuncia da ONU sobre a recepção de 758 denúncias de abuso e exploração sexual em 2023, mais de metade das quais (384) relacionadas com funcionários da organização e pessoal afiliado, nomeadamente na República Centro-Africana (RCA) e na República Democrática do Congo (RDC).

Em comunicado, a ONU afirma que 60 elementos das forças de manutenção da paz mandatadas pela organização foram repatriados devido a “evidências credíveis de abuso e exploração sexual” na República Centro-Africana, medida aplicada igualmente a nove membros e a um oficial militar superior da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), “por má conduta grave”. CNB/JM





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