Sandton, Joanesburgo (Da correspondente) - Seis novos países aderiram ao bloco BRICS após um convite dos actuais integrantes do grupo para que se tornem membros de pleno direito, a partir de Janeiro de 2024.
"Nós, os cinco países do BRICS ( Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) chegamos a um acordo sobre os princípios orientadores, padrões, critérios e procedimentos do processo de expansão do BRICS, que vem sendo discutido há algum tempo", disse o anfitrião e Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Os seis países convidados são a Argentina, o Egipto, a Etiópia, o Irão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, cuja adesão entrará em vigor, a partir de 01 de Janeiro, de 2024", precisou Ramaphosa.
O chefe de Estado sul-africano disse terem chegado a um consenso sobre a primeira fase deste dossier de alargamento e que "outros passos se seguirão".
O estadista fez o pronunciamento na manhã desta quinta-feira, na sua qualidade de presidente em exercício dos BRICS, durante uma conferência de imprensa, para anunciar os resultados da XV Cimeira do bloco, realizada no Centro de Convenções de Sandton, em Joanesburgo.
O debate sobre a expansão do BRICS esteve no topo da Cúpula de três dias, onde se reuniram os líderes das economias emergentes.
Aguarda-se que este anúncio impulsione o grupo no sentido de uma maior influência global nas relações mundiais, uma vez que já representa mais de 40% da população mundial (cerca de três mil milhões de pessoas) e pelo menos 31% do PIB (Produto Interno Bruto) global.
O Presidente Ramaphosa sublinhou igualmente que o bloco valoriza o interesse de outros países na construção de uma parceria com os BRICS.
Aproveitou o momento para anunciar também que os líderes incumbiram os seus respectivos ministros dos Negócios Estrangeiros de desenvolverem com maior profundidade o modelo de país parceiro dos BRICS e uma lista de potenciais nações com o mesmo interesse, assim como um relatório, até à proxima Cimeira.