Maputo - A taxa de letalidade por covid-19 em Moçambique é a mais baixa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, indica um relatório da análise da situação epidemiológica divulgada pelo Ministério da Saúde.
Segundo o documento, Moçambique tem uma taxa de letalidade de 1%, a mais baixa numa lista liderada pela Tanzânia, com uma taxa de letalidade de 10%, seguindo-se a África do Sul, Zimbabwe, Zâmbia e Angola, todos com uma taxa de letalidade de 3%.
A análise indica ainda que Moçambique tem o mais baixo número de óbitos por milhão de habitantes, com 4,91, num grupo liderado pela África do Sul, com 386.
No que diz respeito aos casos de covid-19 por milhão, o país está no terceiro lugar, com 598,24, numa lista também liderada pela África do Sul, com 14.173.
Em Moçambique, os pacientes com mais de 60 anos são os que possuem a taxa de letalidade mais alta, com 7,4%, seguidos dos doentes entre 50 e 59 anos, com uma taxa de letalidade de 2,3%.
Os gráficos continuam a apontar uma relativa estabilização no mês de novembro, com os números de hospitalizações a passarem de 4.141 em Outubro para 2.240 em Novembro.
Moçambique tem um total acumulado de 15.109 casos de covid-19, com 87% de recuperados e 126 mortes.
Apesar dos números animadores, para a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda não é altura para relaxar na prevenção.
"Se nós olharmos para os números de Moçambique e compararmos com a região africana da OMS, vemos que os indicadores relativamente à resposta a esta pandemia têm sido bastantes bons", disse em entrevista à Lusa, na passada semana, o representante interino da OMS no país, Tomás Valdez, permitindo "aplaudir" a prestação.
Ainda assim, a ideia é "não relaxar", alertou.
"Não relaxar porque esta pandemia ainda não está terminada" e além da responsabilidade institucional, "há outras de nível comunitário, do indivíduo e da família".
Desde o anúncio do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus, Moçambique testou 223.235 pessoas suspeitas.