Lomé - O Togo proibiu a habitual procissão das estações da cruz, organizada normalmente na Sexta-feira Santa, para marcar o ritual de Jesus crucificado durante o período pascal, para evitar ajuntamentos em tempo da covid-19.
Um comunicado de imprensa do Governo chegado nesta quarta-feira à PANA, em Lomé, explica que a medida de proibição visa impedir os habituais ajuntamentos que se verificam nesta procissão, comummente chamada "Caminho de Cruzes".
Este ritual reúne vários fiéis católicos nas estradas para lembrar as várias etapas percorridas por Jesus até à sua crucificação.
Para além da proibição do Caminho de Cruzes, o Governo fixou a hora 21:00 como o fim da celebração da missa, na quinta e na sexta-feira, e da Vigília Pascal no sábado.
O Togo, que enfrenta desde Janeiro uma verdadeira subida de casos da covid-19, restringiu, nos últimos dias, a liberdade de circulação e encerrou bares e outros locais de lazer.
Ameaça impor um recolher obrigatório e o confinamento de Lomé e arredores, onde se encontra a maioria dos casos da covid-19, ou seja, mais de 70 porcento das contaminações no país.
A situação da covid-19 no Togo é reveladora da amplitude da pandemia com 257 novos casos registados, totalizando 10 mil 249 pessoas infetadas.
O número de mortos é de 109, após duas novas vítimas mortais registadas terça-feira.
Dois mil 325 pacientes ainda estão em tratamento e 45 novas recuperações elevaram o total cumulativo para 7.815.
