Praia - Uma pessoa morreu sexta-feira num incêndio de grandes proporções, ocorrido na madrugada do mesmo dia, na zona da pocilga, área industrial da cidade de Sal-Rei, na ilha cabo-verdiana da Boa Vista, noticiou a PANA.
Também pereceram na mesma tragédia 172 animais, entre porcos, cabras e galinha, ao passo que cerca de 20 outros se encontram em estado crítico, segundo a mesma fonte.
Segundo uma fonte do corpo dos bombeiros local, citada pela Radio de Cabo Verde (RCV), o alerta foi dado às zero horas e 20 minutos, tendo o fogo sido extinto por volta das quatro horas de manhã, depois de um árduo trabalho para se dominar as chamas que também destruíram 10 cercas locais onde animais são recolhidos.
A fonte revelou que foram precisos 12 autotanques de água, para combater as chamas e evitar o seu alastramento para outras cercas.
Bombeiros confessaram que não foi fácil combater o referido incêndio com os meios disponíveis.
Por isso, tiveram que solicitar o reforço da viatura do combate ao incêndio pertencente à empresa de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), e apoios do autotanque da empresa AEB (Águas e Electricidade de Boa Vista).
Conforme um apanhado provisório, o fogo causou prejuízos elevados a 10 criadores, maioritariamente dos caprinos e suínos.
Francisco Pinto, mais conhecido por Frank, é o criador que mais prejuízos sofreu, tendo perdido 59 cabeças de cabras e bodes, quatro galinhas e um galo.
"Ainda tenho 14 cabras entre a vida e a morte", queixou-se.
A origem do fogo é ainda desconhecida, e a investigação está sob a alçada das autoridades.
"Ainda não sabemos se se trata de fogo posto ou se havia algum candeeiro acesso numa das cercas", acrescentou um outro criador.
A fazer fé, este incêndio é o segundo, com grande dimensão, ocorrido este ano na ilha e que provou que os meios locais de combate ao incêndio são fracos e exíguos.
Entretanto, o presidente da Camara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, garantiu trabalhar para ajudar as 10 famílias afectadas a reiniciarem a criação dos animais, trazendo de volta as suas actividades económicas.
O edil reconheceu que o espaço onde ocorreu a tragedia não é apropriado para a criação de animais, mas lembrou que também não foram acauteladas outras alternativas.
A este propósito, ele assegurou já ter apresentado um projecto ao Ministério da Agricultura e Ambiente para a criação de uma pocilga municipal, longe da cidade de Sal-Rei.
"O que aconteceu hoje prova que é preciso sermos mais céleres", realçou.
