Dundo – O administrador comunal interino do Luremo, José Muheto, convidou esta terça-feira, os empresários nacionais e estrangeiros a aproveitarem as oportunidades de negócios que a circunscrição dispõe no sector da Agricultura.
Em declarações à imprensa, José Muheto disse que a comuna dispõe de terrenos férteis e virgens para a produção de hortícolas, frutas e cereais e tubérculos.
Actualmente, prosseguiu, a actividade de campo é desenvolvida por 16 associações de camponeses que se dedicam essencialmente à agricultura de subsistência e clamam por apoios, para que apostem numa actividade empresarial e sustentável.
Acrescentou que o investimento privado no sector agrícola, vai permitir a produção de alimentos e frutas em grande escala, servindo os mercados de consumo ao longo da bacia hidrográfica do Cuango, que incluem três municípios da zona Sul da Lunda Norte (Cuango, Xá-Muteba e Capenda-Camulemba).
Por outro lado, acredita que a implementação do projecto de electrificação do município do Cuango, em carteira, será um incentivo ao investimento privado, augurando o surgimento de empresários que possam investir na agro-indústria.
O Estado angolano prevê, brevemente, a construção de uma central hidroeléctrica de 325 megawatts, cuja área de implementação, já totalmente desminada, regista trabalhos preliminares de geotécnica e impacto ambiental.
A ser erguido ao longo do Rio Cuango, sobre as quedas do Vuca, o projecto será dividido em três fases, ou seja, Vuca-1 (a primeira com potência de 100 megawatts), Vuca-2 (igualmente de 100 megawatts) e Vuca-3 (de 125 megawatts).
Trata-se de um projecto enquadrado no plano de segurança energética 2025, da alçada do Governo Central, que deverá atender, depois de concluído, as necessidades da população e da indústria mineira no município e em outras áreas da Lunda Norte.
José Muheto, acredita que este investimento também vai atrair empresários do ramo da hotelaria, turismo, indústria extractiva e comércio.
“É importante que os nossos empresários comecem a visitar o nosso município em geral e a comuna em particular, para identificarem oportunidades de negócios e começarem a investir porque o Estado já está a fazer a sua parte”, frisou.
Com a República Democrática do Congo (RDC), Luremo partilha uma extensa fronteira terrestre e fluvial que praticamente ocupa metade do território da circunscrição.
Com uma extensão de 4.400 quilómetros quadrados, a actividade comercial é praticamente inexistente no Luremo e, por isso, a população recorre à vila mineira de Cafunfu, num percurso de 35 quilómetros, para a aquisição e obtenção de produtos da cesta básica.
Localizada a 50 quilómetros da sede municipal do Cuango, Luremo foi um antigo posto militar do então distrito da Lunda, no longínquo ano de 1899. A localidade, que ocupa uma extensão territorial de 4.404 quilómetros quadrados, tem uma densidade demográfica estimada em cerca de 30 mil habitantes.HD