Ecunha – Os agricultores do município do Ecunha, província do Huambo, dedicam-se ao cultivo de hortícolas e tubérculos nas zonas ribeirinhas, a fim de recuperarem a presente campanha agrícola.
Esta época, foram preparados, no município do Ecunha, 363 hectares de terras aráveis, com o envolvimento de mil 134 famílias camponesas.
Em termos de colheita, estimava-se 14 toneladas por hectares de batata, cinco de milho, três de arroz e 1,5 de feijão, cifras que poderão registar uma redução na ordem de 50 por cento, devido à seca.
Segundo alguns camponeses, em declarações segunda-feira à ANGOP, entre as hortícolas cultivadas como alternativa constam o tomate, cebola, couve e cenoura, além de tubérculos como a batata-doce e batata, para minimizar os prejuízos da estiagem.
Armindo Calei, camponês da aldeia do Chitue, disse que nesta localidade os agricultores perderam quase tudo que tinham produzido em termos de cereais, como milho e feijão, devido à falta de chuva.
Augusto Dumbo, da comuna do Quipeio, referiu que a aposta no cultivo de hortícolas e tubérculos visa garantir alguma rentabilidade financeira às famílias camponesas.
De acordo com o mesmo, estes produtos têm maior rentabilidade, porque o mercado de consumo é bastante vasto.
Já o agricultor António Simão pediu apoio do Governo em termos de fertilizantes, para que haja maiores níveis de colheitas destes produtos.
A administradora municipal do Ecunha, Guilhermina Bacia de Lourdes, disse que está a trabalhar, em parceira com o Governo da província, na busca de soluções para minimizar os efeitos da seca, como abertura de canais de irrigação.
No município da Ecunha, com uma extensão territorial de 667 quilómetros ao quadrados, vivem mais de 104 mil habitantes, distribuídos em duas comunas (Ecunha-sede e Quipeio), na sua maioria camponeses.