Cabinda – O empresário da República do Ghana e consultor da empresa Yaya Global Limited, Foster Sankara, afirmou esta sexta-feira, em Cabinda, estar interessado em investir na produção e expansão da cultura de cacau na província.
Após deslocação aos municípios do interior, Buco-Zau e Belize, Foster Sankara referiu ter constatado um nível aceitável de produção do cacau das quatro espécies existentes em Cabinda, que apresentam uma boa qualidade comercial.
O também consultor da empresa Yaya Global Limited, durante a visita aos campos de produção na floresta do Maiombe, manteve contactos com os produtores nas fazendas de Caio e Viede (Buco-Zau) com 8 hectares cada e na fazenda de Vaco Kungo (Belize) com mais de 30 hectares.
O empresário afirmou estar interessado e a pensar já na fusão do cacau orgânico e biológico de Cabinda com o biológico do Ghana, dentro dos parâmetros tecnológicos modernos.
´´O nosso objectivo é manter uma ligação entre o cacau orgânico do Ghana e o orgânico de Cabinda especialmente, porque, embora no Ghana já se produza esse tipo de cacau, é necessário obter outras variedades como as encontradas aqui, que têm uma boa qualidade. Por isso, trouxemos tecnologia para expandirmos a produção de cacau´´, disse.
Já o produtor Victor Dimbi, da fazenda de Vaco Kungo, no Belize, disse estar satisfeito com a vontade do empresário em investir no cacau em Cabinda, porque poderá motivar o aumento da produção e a expansão do cacau local para outras paragens .
Para o secretário provincial da Agricultura em Cabinda, André Fuca, o interesse do empresário ghanense vai renovar a esperança dos produtores em Cabinda e o processamento do produto.
"Eles estão interessados no nosso cacau orgânico e biológico e vamos trabalhar juntos para no futuro breve encontrarmos parcerias para melhorar cada vez mais as tecnologias de produção e esperar pelas políticas de exportação e processamento do cacau localmente", disse.
A província de Cabinda conta com 500 hectares de cacau plantado e 50 mil mudas preparadas ainda para este ano e em 2022 há previsões de atingir as 200 mil mudas para serem distribuídas aos produtores.
Mais de 30 toneladas de cacau foram já recolhidas de Janeiro a Novembro deste ano. A colheita é feita três vezes ao ano.