Catumbela – A directora dos Serviços de Veterinária na Catumbela, Maria Manuel, defendeu, esta segunda-feira, a construção de um matadouro municipal, para melhorar as condições de abate do gado e proteger a saúde pública.
Falando à ANGOP, a responsável sustentou que a produção de carne bovina, suína e caprina é, actualmente, significativa, daí a necessidade de um matadouro, de maneira que os animais sejam abatidos em condições dignas.
Avançou que, só em Outubro deste ano, a produção de carne bovina atingiu mais de 167 toneladas, a suína ultrapassou as 14 toneladas e a caprina uma tonelada e meia, razão pela qual o município carece de um local adequado para desenvolver esta actividade.
Explicou que o local de abate do Luongo, embora o mais concorrido pelos proprietários dos animais, não é um matadouro, já que não dispõe de uma sala digna para o abate de suínos, bem como para o desmanche dos bovinos, entre outros condicionalismos.
De qualquer forma, referiu que os Serviços de Veterinária inspeccionam diariamente todos os animais, antes e depois do abate, para avaliar se a carne é boa para o consumo da população.
Mário Makwa, proprietário do empreendimento, admite que o abate clandestino de animais na Catumbela reduziu, desde que foram instalados guinchos e caldeiras na encosta da montanha do Luongo.
Afiança que a estrutura do Luongo concentra 30 vendedeiras e, se comparada com as outras salas de abate em Benguela, tem melhores condições físicas e, por vezes, chega a abater 50 ou 60 cabeças de gado por dia.
Trata-se de uma estrutura que começou a ser construída no Luongo, em 2008, na sequência da demolição do antigo matadouro da Catumbela, que abatia até 300 bovinos/dia, pela empreiteira chinesa CR20, sob justificativa das obras estruturantes do Caminho-de-Ferro de Benguela.