Menongue – Mais de 400 toneladas de milho começaram a ser recolhidas esta segunda-feira, no Pólo Agrícola de Tchilandangombe, município do Cuchi, cerca de 159 quilómetros a Oeste de Menongue, capital do Cuando Cubango.
Esta é a primeira produção no Pólo de Tchilandangombe, controlado pelo empresário Alfeu Vinevala, e tem duas componentes, sendo a produção familiar, com 100 hectares de terras agricultáveis com milho, e empresarial, com mais de 200 hectares com milho.
Para o arranque do pólo, que terá em 2022 dois mil hectares, o governo do Cuando Cubango apoiou na preparação de terras, entrega de imputes agrícolas e instrumentos de trabalho, como sementes, fertilizantes e enxadas, sendo que o milho a ser colhido servirá, numa primeira fase, para a sementeira das famílias camponesas existentes nas áreas circunvizinhas.
A produção orgânica no pólo teve início em 2020, em milho, e lançou-se, nesta segunda-feira, o fomento das hortícolas, como pimento, cebola, couve, tomate, beringela, couve, através da preparação de 350 canteiros para o efeito, num esforço combinado entre o governo, o empresariado e membros da comunidade.
Segundo o governador da província do Cuando Cubango, Júlio Bessa, que orientou o acto da abertura oficial da colheita da campanha agrícola 2020/2021, esta acção da produção em grande escala é que está a ser desenvolvida em quase todos os nove municípios do Cuando Cubango, sendo que no pólo do Licua, município de Mavinga, estão, igualmente, cerca de 400 hectares de terras cultivados com milho.
Lamentou as perdas de culturas de milho, massango, massambala e hortícolas verificadas em Mavinga, Menongue, Calai, Dirico, Rivungo, Nankova e Cuangar, por causa dos fenómenos de seca, inundações e praga de gafanhotos, mas que ainda assim há engajamento do combate à fome com fomento da actividade agrícola pelas famílias camponesas.
Júlio Bessa incentivou a população da comuna do Cutato, com cerca de 15 mil habitantes, maioritariamente camponeses, no sentido de apostarem na prática da actividade agrícola, uma tarefa que terá o apoio do governo e do empresário Alfeu Vinevala, para a criação, a partir desde ano, de mais três pólos agrícolas.
No perímetro do Pólo Agrícola, onde funcionam 240 cidadãos nacionais, teve início, nesta segunda-feira, a plantação de batata-rena, num espaço de 20 hectares.
Por cada hectare, serão colhidas 40 toneladas, com uma previsão de 800 toneladas com a produção dos 20 hectares, indicadores que resultam de um estudo feitos nos solos.
O empresário Alfeu Vinevala avançou que a meta é garantir, a partir do próximo ano, uma produção em grande escala, desde os cereais (milho e tribo) e hortícolas diversas, dado o facto de serem terras aráveis para esta finalidade.
O agricultor informou que nesta época agrícola teve um prejuízo à volta de 18 milhões de Kwnazas, por causa da estiagem que afectou cerca de 20 hectares de plantação de arroz.
Actualmente, para o funcionamento geral do Pólo Agrícola do Tchilandangombe, está a fazer um investimento de 600 milhões de kwanzas.