Ondjiva – As catorze cooperativas nas zonas suburbanas de Ondjiva, província do Cunene, perspectivam este ano, aumentar a colheita do tomate, cebola e couve, fruto do apoio recebido por parte do governo local.
Em Julho último, as cooperativas receberam 100 toneladas de sementes de arroz e milho e beneficiram igualmente, de bombas de água, fertilizantes, moto cultivadoras, enxadas, moagem, bombas submersíveis e motos de três rodas.
Numa ronda feita hoje, quinta-feira, pela ANGOP, constatou-se nas hortas um nível aceitável de produção de hortaliças, cujas as primeiras colheitas começaram a ser feitas este mês.
Os presidentes das cooperativas, afirmaram que este ano, em função dos apios prestados em termos de sementes, fertilizantes e outros meios agrícolas, fornecidos pelo governo da província, os níveis de colheitas serão satisfatórios em relação aos anos anteriores.
Na ocasião, o presidente da cooperativa Sandjuka, de Ondjiva, Armando Nguelepete, disse que as condições de trabalho aumentaram de um para três hectares, relativamente a área de produção e vai permitir colher quatro toneladas de hortícolas.
Fez saber que actualmente 50 por cento dos produtos são cultivados a nível local, ao contrário dos anos anteriores que os mesmos tinham origem nas províncias da Huíla, Namibe e na vizinha República da Namíbia.
O responsável da associação Utalamo, Lino Jorge, explicou que estão a produzir, desde Junho, couve, cebola e tomate, num espaço aproximado de três hectares e prevêem colher entre quatro a cinco toneladas de hortícolas, para abastecer o mercado de Ondjiva.
Lino Jorge defendeu a necessidade do incremento da produção agrícola, uma forma de combater a fome e a pobreza, daí a necessidade de apostar-se cada vez mais no campo, para relançar os níveis de crescimento económico.
Já o presidente da cooperativa, Ulonga, Mateus Filipe, disse que a produção é satisfatória, mas a única dificuldade encontrada , é a aquisição de combustíveis nas bombas para alimentarem as motobombas.
Mateus Filipe disse que a cooperativa conta com 16 hectares, apenas exploram quatro, porque o combustível nas bombas tem sido um desafio, daí que estão privados de cultivar a área total, para a produção não secar por falta de rega.
A província do Cunene, conta com 100 cooperativas e associações agrícolas, a maioria encontram-se nas margens do rio Cunene, sobretudo nas localidades de Calueque.