Ecunha – Perto de 20 mil toneladas de batata-rena, escoadas para vários mercados informais do país, são produzidas, anualmente, pelos camponeses e cooperativas agrícolas do município do Ecunha, província do Huambo, soube a ANGOP.
A informação foi prestada este sábado pela administradora da localidade, Guilhermina Bacia, ao referir que pelo menos seis camiões/dia saem dos armazéns do Ecunha cheios de batata-rena, para abastecer os mercados informais nacionais, com destaque para o do 30, um dos maiores a céu aberto do país, localizado em Luanda.
Adiantou que os camponeses produzem e escoam sem qualquer interrupção, em todos os meses, pelo facto de a municipalidade se encontrar numa zona baixa, com grande quantidade de água, tanto no tempo seco, como no tempo chuvoso.
A administradora municipal disse que a localidade, no tempo colonial conhecida como “Vila-flor” e “Rainha da batata-rena”, recebe comerciantes e camiões de diversas regiões do país para adquirir grandes quantidades dessa cultura.
Guilhermina Bacia informou que o Ecunha, cuja maioria da população se dedica ao campo, controla 48 cooperativas agrícolas, apoiadas por igual número de escolas de campo, para além de serem incentivados adubos subvencionados pelo Governo do Huambo e o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA).
Disse que, para além da batata-rena e cebola, o município produz, igualmente, grandes quantidades de arroz, que já chega à mesa da população local.
Linhas de força
A administradora informou existir um plano de intervenção das vias de acesso em todas as aldeias, com realce para a localidade de Tchitatamenla, com acções de combate à pobreza, para tornar mais rápida a circulação de pessoas e bens das zonas de produção para os centros de venda e consumo.
Disse que muitas estradas secundárias e terciárias já tinham sido intervencionadas com terraplenagem, mas que foram se degradando com as intensas chuvas, daí a necessidade da realização, em breve, de trabalhos paliativos, sobretudo, na localidade Canguimbo, Canhala, Ilha dos Amores e Tchitamenla, tendo em conta as constantes chuvas que se abatem na circunscrição.
Destacou o facto de a sede municipal já estar interligada, desde Dezembro de 2023, com a energia eléctrica da rede nacional, que se encontra na fase experimental, estando a ser expandido, neste momento, nos arredores e bairros periféricos, com a colocação de Postos de Transformação (PT).
Neste momento, informou, o Ecunha possui, aproximadamente, 620 consumidores de energia eléctrica, número que vai aumentar nos próximos dias, com a entrada em funcionamento dos novos PT.
Mostrou-se, também, satisfeita pelo facto de a sede da localidade já possuir água canalizada, através da Estação de Tratamento (ETA) montada, em 2022, com um total de 700 famílias beneficiárias.
Educação e saúde
Guilhermina Bacia deu a conhecer que à Saúde, o Ecunha está bem servido, com 15 unidades sanitárias, com destaque para um hospital municipal de alta complexidade, com médicos especializados, para além de estarem a ser construídos mais dois centros, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Com o novo hospital municipal, inaugurado a 11 de Janeiro último, referiu que os munícipes deixaram de ir aos municípios da Caála e do Huambo em busca do tratamento médico/medicamentoso, por terem já os serviços de qualidade na nova unidade sanitária, com diversas valências.
Informou que o município do Ecunha possui 45 escolas, destas 29 na sede municipal e 16 na comuna do Quipeio, todas operacionais, com professores.
A vila do município do Ecunha, localizado a 45 quilómetros da cidade do Huambo, tem uma população estimada em 111 mil 825 habitantes, divididos entre a comuna sede e o Quipeio, que tem como principal actividade a agricultura. ZZN/ALH