Lubango – A empresa huilana Biofertilizante apresentou na Expo-Huíla três soluções de fertilizantes inovadores, para regeneração e fertilização de solos agrícolas, com baixos custos.
Trata-se do Blue-N, segundo director-geral dessa empresa, Júlio Fortes, um fertilizante de “máxima eficácia” que substitui os níveis os nitrogenados até 80 por cento, porque numa só aplicação, durante o ciclo completo da cultura, um quilograma serve para três hectares.
É uma bactéria que entra em simbiose com a planta e absorve o nitrogênio atmosférico, alimentando a planta desde o primeiro estádio de desenvolvimento da cultura até a colheita.
O MBB-10 é um regenerador de solos para áreas de agricultura intensiva, sobretudo onde os solos estão desgastados, a exemplo da província da Namibe, que foram usados muitos químicos.
Indicou que o outro é o MycoUp-360, um fertilizante universal que pode tanto ser usado para fruteiras, hortícolas, graminhas e todos outros vegetais, proporcionando um crescimento radical e, por conseguinte, proporciona maior absorção de água e de nutrientes, usando-se menos químicos, o que preserva o meio ambiente e produz com qualidade alimentos sem contaminações.
Em declarações à ANGOP, o Júlio Fortes fez saber que de momento os biofertilizantes não são produzidos localmente, é uma tecnologia de ponta de duas multinacionais, a Ciborgue e Corteva, uma espanhola e outra norte-americana, de quem a Biofertilizante é a representante em Angola.
Sublinhou que a empresa está no mercado há dois anos e conseguiu atingir várias províncias, para além da Huíla, Huambo, Bié, Cuanza Sul, no Cuanza Norte ainda de forma tímida, mas em presença, no município de Cambambe e em breve estaremos presentes em Malanje.
No caso concreto da Huíla, afirmou estar a actuar nos municípios do Cuvango, Matala, Chibia, Humpata, Caconda, Caluquembe e Cacula.
“Para o mercado neste momento temos uma quantidade suficiente para fertilizar acima de dez mil hectares e atentos à evolução do mercado já solicitamos uma nova importação que chegará em meados de Setembro, tendo em conta a nova campanha agrícola que se avizinha”, assinalou.
Destacou que em termo de custos é muito mais baratos em relação ao insumos químicos, pois para fertilizar três hectares se for usar sulfato de amónio ou ureia vai necessitar mais ou menos 300 quilos por hectare desses insumos, mas com um quilo dessas novas soluções vai fertilizar três hectares e substituir até 80% do uso desse nitrogenado. BP/MS