Cuito - As empresas A.O.A.S Comercial e a cooperativa Epongoloko R.L, todas do município do Cunhinga, a 30 quilómetros a Norte do Cuito, província do Bié, assinaram hoje um contrato de compra e venda de produtos de produção nacional, no âmbito das medidas de alívio económico, face às consequências negativas da covid-19 na economia nacional.
Esta acção, que favoreceu à empresa A.O.A.S Comercial beneficiar de 32 milhões 907 mil e 500 Kwanzas, visa incentivar o consumo da produção local, aumentar o poder de compra das famílias, melhorar o equilíbrio psico-emocional das famílias, bem como assegurar o alargamento da base tributária.
A assinatura do contrato insere-se no Decreto Presidencial 98/20 de 9 de Abril, que operacionaliza várias linhas de crédito de apoio à produção nacional, serviços de apoio ao crédito e das vendas dos produtos de campo, visando reduzir a importação de alguns produtos agrícolas de produção local.
Na ocasião, o responsável da empresa A.O.A.S Comercial, Aurélio Óscar, sublinhou que, para além de possibilitar empregar 10 jovens locais, o valor permitiu comprar já dos camponeses 15 toneladas de produtos, como milho, feijão, batata-rena, cebola, tomate, entre outros.
Já o presidente da cooperativa agrícola Epongoloko R.L, Domingos Epongoloko, prometeu maximizar as áreas de cultivo, neste momento com 88 hectares, para a produção de milho, feijão, soja, batata-doce e rena, mandioca e outros.
Mostrou-se satisfeito pelo facto do acordo facilitar o escoamento dos produtos do campo para as cidades.
Avançou ainda que a estiagem verificada na municipalidade permitiu a cooperativa produzir apenas uma tonelada de produtos diversos, contra 10 anteriores.
A cooperativa controla 144 camponeses, com realce para 55 mulheres.
Para este programa, haviam concorridos cinco empresas no Cunhinga, mas apenas uma ganhou o concurso, pelo facto de apresentar uma documentação e hipoteca credível junto do banco.
O chefe de departamento do emprego e empresarial do Gabinete de Desenvolvimento Integrado da província do Bié, Israel Elavoko, mostrou-se esperançoso no financiamento de mais empresas e cooperativas ao longo do ano em curso, com vista a favorecer a municipalidade na empregabilidade, assim como contribuírem na diversificação da economia.
Já o administrador adjunto do Cunhinga para o sector Económico, Financeiro e Orçamento, Paulino Tiago, destacou a importação da implementação do Programa de Alívio Económico, especialmente por ter chegado àquele município, na medida em que vai evitar a deterioração dos produtos do campo.
Asseverou o acompanhamento e fiscalização de forma rigorosa junto da empresa A.O.A.S Comercial, com vista a materializar o valor desembolsado pelo Executivo no contrato assinado, apelando à mesma a honrar os compromissos assumidos, sob pena de arcar com as responsabilidades civil e criminalmente.
No âmbito das medidas de alívio económico do impacto negativo da covid-19, no Bié, o BDA tem um valor global para financiar de 642 milhões, 987 mil 652 kwanzas.
Quinze outros Operadores de Comércio e Distribuição (OCDs), dos dezanove aprovados, já haviam beneficiado de seiscentos e 45 milhões 71 mil e 142 Kwanzas.
Os operadores económicos, situados nos nove municípios desta região, nomeadamente, Cuito, Catabola, Camacupa, Cunhinga, Chinguar, Chitembo, Cuemba, Andulo e Nhârea, deram já empregos directos a 245 pessoas, sobretudo jovens.