Enchentes devastam produção de camponeses no Icolo e Bengo

     Agricultura           
  • Luanda     Quarta, 03 Janeiro De 2024    11h40  
Agricultura familiar na Huíla
Agricultura familiar na Huíla
Morais Silva/ANGOP

Icolo e Bengo - Três mil e 150 camponeses do Icolo e Bengo perderam as suas plantações, nos meses de Novembro e Dezembro de 2023, devido às inundações causadas pelas chuvas, informou esta quarta-feira, o director do gabinete municipal da Agricultura, Salomão Kaumba.

As fazendas e lavras mais afectadas estão localizadas nas zonas da Cabala, Bom Jesus e Sacrifício, estando neste momento a direcção a cadastrar os sinistrados, para apoiá-los a minimizar as perdas.

O Icolo e Bengo produz quantidades consideráveis de tubérculos, cereais e hortícolas, bem como frutas como banana, limão, manga, mamão e laranja.

Durante os meses de Setembro e Outubro de 2023, vários camponeses reclamaram o surgimento de uma praga denominada Atuta, que devasta todas as culturas. Por esta razão, estão em curso  acções para desinfestar as culturas atingidas, em colaboração com o Instituto de Investigação Agronómica e a Direcção Provincial da Agricultura.

De acordo com o director, quer as enchentes, quer a praga, contribuem para uma redução significativa da produção agrícola para a safra 2023/2024, em quantidades não especificadas.

Domingas Arnaldo António, da cooperativa Tenda Dia Chico, em Cassoneca, com 1000 hectares e mais de 300 associados, clama por mais apoios em sementes para fazer face as perdas provocadas pelas inundações, que devastaram bananeiras, tomate, repolho, canas e beringelas.

Recentemente, a administração municipal ofereceu insumos e sementes agrícolas a 152 cooperativas agropecuárias, para minorar as carências dos camponeses.

Uma das principais preocupações dos camponeses prende-se também com a dificuldade de obtenção do título de concessão de terra, indispensável para a obtenção do crédito bancário.

A esse respeito, a administradora municipal, Isabel Nicolau dos Santos, garantiu em facilitar o processo, para se elevar o número de camponses legalizados, actualmente fixado em 52 agricultores.

De acordo com Abreu Seco, presidente de uma cooperativa possuidora de 300 hectares, na localidade de Cambebeia, com 275 membros, a principal preocupação prende-se com a dificuldade de retirar o capim que impede o crescimento saudável do milheiro.

"Temos muita terra cultivada e por isso precisamos de financiamento bancário para pagar a  mão-de-obra para limpar os campos. Solicitamos os bancos e estes, apesar de já termos o título de concessão de terras, exigem estudos de viabilidade que é muito caro para nós", disse.

Para Lourenço Neto, da cooperativa Agro Anduri, na localidade de Cassoneca, 126 membros e 2 mil 500 hectares, precisam de mais dois tractores para aumentar ao único que possuem e assim poderem produzir a totalidade do espaço.

O agricultor apela ao governo para a subvenção da gasolina e a melhoria das vias que ligam as fazendas à via principal.

Carlos Quiocamba, da cooperativa Nema, em Caculo Cahango, com 1.331 hectares e 460 associados, apela ao governo a providenciar meios de transporte em épocas de safra para facilitar o escoamento dos produtos para os mercados do 30 e Catim Tom. AJQ





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