Huambo – A coordenadora Nacional dos Serviços Florestais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América, Érica Tavares, manifestou, nesta quarta-feira, o interesse de apoiar tecnicamente o Governo angolano na realização da próxima inventariação florestal.
A responsável falava no final do seminário de capacitação e recolha de ideias sobre a situação das florestas em Angola, decorrido de 28 a 29 deste mês, que contou com a participação de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) das 18 provinciais do país, para além de ambientalistas e investigadores.
Segundo Érica Tavares, os Estados Unidos deram início ao processo de coordenação nacional dos trabalhos, na perspectiva de providenciar o suporte técnico ao Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), a fim de estruturar um programa para a continuação da inventariação florestal de Angola.
Referiu que o seminário serviu para estabelecer a comunicação com diferentes sectores e actores florestais do país e, ao mesmo tempo, abordar os desafios da última inventariação florestal em Angola, iniciado em 2002, com objectivo de analisar, de forma conjunta, os próximos passos para a continuação do projecto.
Sublinhou que Angola tem, na realidade, uma grande diversidade florestal, daí a razão de os Estados Unidos pretenderem prestar todo suporte técnico ao processo de inventariação florestal, para uma gestão sustentável das florestas e conservação da biodiversidade.
Érica Tavares acrescentou que a participação dos Estados Unidos estará focada, principalmente, na capacitação técnica dos quadros do IDF, das organizações não-governamentais e parcerias académicas.
Já o director nacional do Instituto de Desenvolvimento Florestal, Simão Zau, lembrou que Angola iniciou a inventariação florestal em 2002, porém não chegou a concluir por falta de recursos financeiros.
Por razão, disse, o seminário serviu para analisar o que não foi concluído no inventário passado e, em função dos resultados, estudar quais os passos a serem dados, tão logo as condições técnicas, humanas e financeiras estejam reunidas para se anunciar a data do início do próximo inventário florestal.
Simão Zau disse que a presença dos técnicos do IDF, das universidades, organizações não-governamentais e do fórum ambiental, para além de parceiros internacionais, sediadas no país, serviu para colher contribuições que vão melhorar o próximo processo de inventariação do país, previsto para breve.
De recordar que, a primeira fase do primeiro Inventário Florestal Nacional, pós independência, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), foram recolhidas, entre 2008 e 2015, cerca de 199 unidades de amostragens de dados biofísicos, socioeconómicos e ambientais do território nacional durante a execução.
