Icolo e Bengo - Doze hectares estão preparados para o cultivo de arroz, de forma experimental, na localidade de Mazozo, município do Icolo e Bengo, pela cooperativa de Ex-militares, soube esta terça-feira a ANGOP.
Para o efeito, a cooperativa beneficiou hoje, do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pesca, de 20 sacos de sementes de arroz e cinco de adubo, do tipo 12/24/12, no âmbito do projecto comunitário, "plantação de arroz".
Segundo o presidente da cooperativa, Arlindo Diogo, em virtude das sucessivas chuvas, as baixas estão com muita água acumulada, sendo assim possível o plantio do arroz, cuja previsão de colheita está para daqui a três meses.
Fez saber que tem vários projectos em conjunto com a Estação Experimental de Mazozo, Centro de Investigação Agrária, entre os quais, o cultivo, no decorrer deste mês, de forma experimental, com as novas técnicas adquiridas na escola de campo, da batata-doce (10 hectares), batata-rena (dois hectares), milho (cinco hectares) e feijão (seis hectares).
O produtor lamenta a morosidade de apoios ou financiamento por parte das entidades afins, mesmo estando em posse do título de concessão de terras, um dos documentos fundamentais exigidos pelas entidades credoras.
"Batemos várias portas e continuamos a bater mas sem sucesso, no entanto continuamos a espera para que possamos produzir com celeridade, quantidade e qualidade desejada", augurou.
Neste momento a fazenda está a cultivar milho, quiabo, abobora e pepino em cinco hectares, com uma perspectiva de colheita de cinco toneladas de milho, uma de quiabo e duas de pepino, à partir de Maio próximo.
Informou que está em carteira, tão logo se consigam as valas de irrigação, o cultivo do girassol, em 15 hectares já preparados na mesma área.
"Temos uma lagoa que dista há sensivelmente dois quilómetros mas precisamos de máquinas escavadoras e giratórias para abertura de valas e construção de cacimbas para a retenção", explicou.
Na safra de 2023, a cooperativa colheu 150 toneladas de tomate, 90 de beringela, 70 de quiabo e 300 de milho.
A cooperativa existe desde 1979 e com o fim da guerra, em 1992, ouve a necessidade de integrar, a partir de 2020, os ex-militares, contando actualmente com 167 membros, na localidade de Mazozo, arredores de Catete, cultivando em 600 hectares. AJQ