Ondjiva - Vinte e quatro extensionistas, ligados ao Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares, (SREP), dos municípios da Cahama, Cuvelai, Curoca e Ombadja, província do Cunene, participam desde terça-feira, de um seminário de capacitação sobre metodologia de ensino nas Escolas de Campo Agrário (ECA).
Com duração de três dias, a formação visa fortalecer as capacidades e competências dos técnicos em metodologia de escolas de campo, conforme fez saber o chefe de Departamento do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) do Cunene, Américo Paciente.
A iniciativa, sublinhou, vai ainda aumentar os níveis de domínio agrícolas por parte dos extensionistas, sobretudo as metodologias para o melhor acompanhamento dos produtores familiares nas comunidades.
Américo Paciência ressaltou a importância do ciclo formativo no reforço das capacidades de trabalho dos extensionistas para a identificação de pragas e doenças, assim como influenciar a visão do agricultor familiar com foco na diversificação das culturas.
Segundo o responsável, a acção formativa vai debater temas sobre o ciclo de aprendizagem das ECA, curvas de nível e sua importância, esquematização do ciclo fonológico das culturas do milho, feijão, batata, mandioca, e hortícolas, diversificação das culturas, gestão de solos e melhoramento das plantas.
No acto de abertura, o administrador municipal adjunto de Ombadja, Fernando Wandalica, destacou a iniciativa que vai permitir aumentar os níveis de conhecimentos dos técnicos que têm a missão de partilhar, no seio das comunidades.
O responsável sublinhou que os agricultores precisam saber as práticas agrícolas mais resilientes às alterações climáticas, para a melhoria da segurança alimentar e nutricional dos agregados familiares
O projecto SREP é um programa do Governo de Angola e co-financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (FIDA) e o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África (BADEA).
Em curso desde 2021, o projecto tem um período de execução de seis anos e permitiu a criação de 96 grupos de agricultores familiares. FI/LHE/AC