Cuemba - As famílias camponesas que se dedicam ao cultivo do arroz de forma manual, no município do Cuemba, a 164 quilómetros a Leste da cidade do Cuito, província do Bié, necessitam de mais apoios do Governo, sobretudo na mecanização agrícola, de modo a maximizarem as áreas de produção.
Na campanha agrícola 2020/2021, as famílias camponesas do Cuemba cultivaram 79 hectares, mais 22 em relação à época passada, fundamentalmente na comuna de Sachinemuna, onde cada hectare está a colher-se perto de 600 quilos de arroz.
A informação foi avançada hoje à Angop, pelo director da Estação de Desenvolvimento Agrário (EDA) do Cuemba, Azevedo Pires Saliunga, sublinhando que as famílias podem quadruplicar as áreas cultivadas, caso haja apoio na mecanização agrícola.
Azevedo Pires Saliunga avançou que a ideia vai ainda permitir que as comunas do Luando e Munhango possam também produzir o arroz sem quaisquer constrangimentos, na medida que as autoridades locais têm vindo já a incentivar na aquisição e distribuição de sementes e outros inputs agrícolas em cada campanha.
Os produtores de arroz do município do Cuemba já contam, desde Abril deste ano, com uma fábrica de descasque do produto, uma oferta das entidades governamentais.
Adquirida pela administração municipal, no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), o empreendimento orçou em cerca de nove milhões 750 mil Kwanzas.
A fábrica tem uma capacidade diária de processamento de uma tonelada.
Na província do Bié, tradicionalmente, cultiva-se arroz nos municípios de Camacupa, Chinguar e Cuemba, este último onde se tem estado a produzir 280 mil toneladas anualmente.
O Cuemba, com uma população de 62 mil 735 habitantes e uma extensão de 24 mil 184 quilómetros quadrados, possui 118 Escolas do Campo (ECAS), com quatro mil e 37 famílias camponesas.
Na campanha agrícola 2020/2021, no Cuemba foram preparados mais de 600 hectares, para o cultivo de milho, feijão, mandioca, arroz, hortaliças e frutas diversas.
