Ondjiva - Autores do sector do agro-negócios e produtores inseridos no Programa Agro-Prodesi, na província do Cunene, terminaram, nesta quinta-feira, o terceiro ciclo de formação sobre inovação em extensão, boas práticas e custos de produção na agricultura sustentável.
Promovida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em parceria com o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias empresas (INAPEM) e o Ministério da Economia e Planeamento, a acção formativa visa o fortalecimento dos sistemas agro-alimentares, cadeias de valor e o processo de inovação no sector.
Durante quatro dias, o seminário abordou temas sobre a inovação em extensão, boas práticas agrícolas, fundamentos e custos de produção na agricultura sustentável e a elaboração do formulário do custo de produção na cadeia de valor da região.
Na ocasião, o director do INAPEM no Cunene, José de Carvalho, explicou que o projecto é uma iniciativa transversal que tem por objectivo qualificar os recursos humanos, bem como promover a produção nacional de forma a substituir as importações.
Disse tratar-se de um meio de capacitação dos pequenos agricultores e os actores que actuam no sector agro-alimentar, para que tenham maior capacidade de aliar técnicas às novas tecnologias, de modo a que os empresários consigam alcançar maior produtividade.
Fez saber que acção é continuidade dos ciclos anteriores, nomeadamente o I e o II, que se realizaram entre Maio e Agosto, devendo o IV ciclo decorrer, provavelmente, no mês de Outubro próximo.
Afirmou que, durante o primeiro e o segundo ciclo, foram retratadas temáticas sobre o desenvolvimento da cadeia de valor, inclusive agro-alimentares, que permitiu o mapeamento e identificar os desafios de três cadeias de valor.
Disse que os modelos de negócios agrícolas, permitiram verificar que o pequeno agricultor tem encontrado dificuldades em calcular e controlar os seus custos de produção.
Por essa razão, indicou, achou-se melhor, neste III ciclo, incluir a temática da extensão rural, dada a importância daquela figura no controlo dos custos, apesar de se tratar da agricultura familiar, já que o que se pretende é que seja sustentável e traga proveito para o agricultor.
“Com este ciclo, pensamos melhorar a partilha e o acesso à informação, o conhecimento agrícola dos autores chaves, especialmente os pequenos produtores familiares provenientes das zonas rurais, onde a informação e a assistência técnica para o acesso a tecnologia de inovação agrícola é limitada", rematou.
Ao encerrar o acto, a directora em exercício do Gabinete do Desenvolvimento Integrado, Marcelina Cheia, destacou a importância do seminário por constituir ferramenta para o desenvolvimento local, apoiando o processo de mudanças das técnicas de produção agrícola nas comunidades.
De acordo com a responsável, os conhecimentos ministrados vão contribuir na inovação da extensão, boas práticas e custo de produção agrícola sustentável.
Exortou a promoção de uma comunicação cooperativista entre os agricultores e associações familiares, de modo a gerar a troca de conhecimento nos aspectos técnicos e organizacionais.