Dundo - As autoridades da Lunda Norte prevêem em Outubro deste ano, o início do processo de loteamento de terrenos aos produtores, para a materialização do Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (PLANAGRÃO).
A informação foi prestada esta segunda-feira, no Dundo, pelo director do Gabinete de Desenvolvimento Económico Integrado da Lunda Norte, Luís Quitamba , durante a reunião do Conselho de Auscultação e Concertação Social, sublinhando que a província tem identificados mais de 500 mil hectares de terra nos dez municípios, para o PLANAGRÃO.
Reiterou que em cada um dos dez municípios, serão disponibilizados 50 mil hectares , sendo o Lóvua o primeiro a lotear.
Fez saber que até ao momento, o gabinete registou 24 inscrições para adesão aos financiamentos do PLANAGRÃO.
A ANGOP apurou que em Outubro deste ano, chegam à província um grupo de empresários indianos interessados em investir no projecto.
Formação de quadros
Durante o debate sobre o assunto, os membros do Conselho de Auscultação defenderam a construção de um Instituto Médio Agrário na província, com vista o asseguramento dos projectos, no que toca a assistência técnica.
Segundo os membros do conselho, a implementação de um Instituto vai permitir que as empresas a serem criadas, tenham opções locais na contratação da mão-de-obra qualificada.
Os membros acrescentaram que a formação de nível médio, vai também sustentar os cursos superiores que se prevê na Universidade Lueji A'nkonde, no âmbito do PLANAGRÃO.
Gizado em 2022, o Programa conta com o financiamento do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), de mais de dois mil milhões de kwanzas e visa duplicar a produção de grãos até 2027, por formas a garantir a auto-suficiência alimentar no país.
A ideia é produzir até este período, seis milhões de toneladas desses quatros cereais por ano, contra as actuais cerca de 3,14 milhões de toneladas de grãos.
O projecto passa, igualmente, na rentabilidade dos solos, aumento de empresários agrícolas, emprego e na promoção da cadeia de valor, de forma a garantir uma renda fixa aos produtores, para além de reduzir a dependência da importação e assegurar a auto-suficiência e segurança alimentar.
Além da Lunda Norte, o projecto vai beneficiar as províncias da Lunda Sul, Moxico e Cuando Cubango.HD