Ndalatando – O director do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Felismino da Costa, instou os camponeses integrados nas Escolas de Campo de Agricultores (ECA) a empenharem-se na aplicação das novas técnicas de cultivo, no sentido dessas estruturas evoluírem para cooperativas agrícolas.
As cooperativas, afirmou, são infra-estruturas mais sólidas, bem estruturadas e consolidadas com várias oportunidades de negócios, através da obtenção de micro-créditos.
Felismino da Costa, que falava recentemente à imprensa no Cuanza Norte, deu conta que nas províncias de Malanje, Bié e Huambo algumas ECA já evoluíram para cooperativas.
Informou que o Fundo Apoio de Desenvolvimento Agrário (FADA), parceira do IDA está a financiar as ECA que já evoluíram para cooperativas com valores de 25 milhões de kwanzas cada.
Esta acção, acrescentou, além de acrescentar valor nos níveis de produção, está igualmente a contribuir para melhoria da renda e das condições de vida das famílias nas comunidades.
Felismino da Costa informou que as ECA, antes de evoluírem para cooperativas, são capacitadas com metodologias modernas de produção e gestão de negócio, assim como beneficiam de um apoio financeiro de 417 mil kwanzas para o reforço da produção e acompanhamento técnico de especialistas do IDA.
O Fundo de Reforço das Escolas de Campo comporta, numa primeira fase, uma carteira de 274 milhões, 504 mil e 500 kwanzas para apoiar 584 escolas de campo nas províncias do Cuanza Norte, Bengo, Uíge, Zaire, Benguela, Cunene e Namibe.
A atribuição dos valores está a ser executada com base num plano de trabalho que as próprias escolas de campo elaboraram, após a formação e instrução para a gestão de fundos.
O responsável assegurou que o Fundo de Reforço das Escolas de Campo prevê até ao final do projecto Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares, previsto para 2026, atribuir um valor global de dois milhões de dólares, para cerca de cinco mil escolas de campo.
As escolas de campo são espaços de capacitação dos pequenos agricultores sobre práticas melhoradas de cultivo, tecnologia agrícola moderna, melhoria da fertilidade dos solos e gestão integrada dos nutrientes, de negócios, entre outros factores
O país já possui mais 200 mil ECA, uma metodologia que vem sendo implementada a cerca de dez anos nas províncias de Malanje, Huambo e Bié.
Estas infra-estruturas estão a ser replicadas paulatinamente pelo país, com o apoio do Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares, nas províncias do Cuanza Norte, Bengo, Huíla, Cuanza Sul e Uíge.
A província do Cuanza Norte conta já com 111 escolas de campo de agricultores que beneficiaram do Fundo de Reforço, no âmbito do Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares.
No Cuanza Norte, as ECA estão a apoiar 4.384 famílias, das quais 2.651 mulheres. EFM/IMA/AC
