Uíge: O Instituto Nacional do Café (INCA) no Uíge perspectivou, para este ano, uma colheita estimada em mil 600 toneladas de café comercial, contra as mil e 400 toneladas colhidas no ano anterior.
A estimativa foi apresentada à ANGOP, pelo director do INCA no Uíge, Vasco Gonçalves, no âmbito da abertura da campanha de colheita do café, tendo justificado que a previsão do aumento da colheita surge devido à distribuição de várias mudas aos camponeses.
Como outra razão da previsão do aumento da produção do café, o engenheiro apontou o aumento do preço do quilograma de café comercial que passou de 450 para 650 Kwanzas.
Numa mensagem lida na cerimónia, os cafeicultores queixaram-se da falta de apoios em materiais de lavoura para galvanizarem a produção do café, assim como pela reabilitação das vias de acesso.
Em resposta às preocupações dessa classe, o governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, anunciou que o governo provincial já tem estado a reabilitar as estradas terciárias de acesso, principalmente, nas regiões produtivas, empreitadas que disse terem iniciado depois do fim da última época chuvosa.
Acrescentou que vários instrumentos, como enxadas, catanas, limas e outros insumos agrários têm sido entregues aos produtos carenciados, numa perspectiva que disse estar baseada em acções práticas do seu grupo de trabalho.
“Queremos que sejamos julgados pelas nossas acções e não pelas palavras. Essa é e continuará a ser a nossa prática”, referiu
Na ocasião, procedeu à entrega de mil mudas de café, enxadas, catanas, limas assim como sementes e fertilizantes aos camponeses da regedoria do Tema, no município de Negage.
Entretanto, o governador defende a necessidade de haver uma produção que permita garantir a alimentação da população e as reservas de excedentes em grande quantidade. Para ele, é importante que todos assumam o compromisso de aumentar a produção, uma medida que visa combater a fome.
Informações recentemente prestadas à imprensa pelo director local do INCA, indicam que a falta de financiamento, de mão-de-obra qualificada e a degradação das vias eram factores que inibiam a produção do café na província do Uíge.
Por estas razões, apenas três mil (32%) fazendas estavam em funcionamento, das nove mil e 500 áreas que possui para a produção de café.
|