Lubango - Cento e dez inquiridores contínuos do Recenseamento Agro-pecuário e Pescas das províncias da Huíla, Benguela, Namibe, Cunene, Huambo e Cuando Cubango, estão desde hoje, terça-feira, no Lubango, a aprimorar conhecimentos de recolha, tratamento e análise estatística.
O objectivo da acção formativa é criar bases de dados operacionais para produzirem estatísticas aplicadas ao sector, mais precisamente aprimorar as técnicas de estatísticas correntes, integradas e actualizadas, para a produção de estatísticas agro-pecuárias, florestais e pesqueiras.
O evento é uma promoção do Instituto Nacional de Estatística (INE) em parceria com o Ministério da Agricultura. Tem uma duração de oito dias.
Em declarações à ANGOP, à margem da abertura do evento, a directora-geral adjunta do INE e coordenadora dos inquiridores contínuos do Recenseamento Agro-pecuário e Pescas, Anália Nunda da Silva, realçou que por se tratar de um sector importante para a economia do país, os dados fornecidos devem ser de qualidade.
Detalhou que “para concretização da tão desejada qualidade no processo de recolha, tratamento e análise estatística dos dados nestes sectores, a nível da política do Governo, o INE tem a responsabilidade de realizar acções de formação contínuas nessas áreas que se consideram chaves para desenvolver e diversificar a economia”.
No sector agro-pecuário, assinalou que o INE tem responsabilidade de prover a informação contínua e oportuna para facilitar a tomada de decisão por parte dos governantes.
Por sua vez, director do gabinete provincial da agricultura da Huíla, Pedro Conde, afirmou que a formação é uma mais-valia para os inquiridores e vai reflectir-se positivamente na cadeia de planificação dos processos de produção e de vendas, em conformidade com a demanda do mercado e programar as suas colheitas e capturas em época de maior procura.
O Inquérito Contínuo do Recenseamento Agro-pecuário e Pesca é um procedimento que vai, de forma corrente, actualizar os dados do último recenseamento que Angola realizou, no pós independência, cujos resultados foram disponibilizados ao público este ano.
Ao todo, o processo foi projectado para auscultar 52 mil famílias praticantes da agricultura de subsistência residentes em todas aldeias do país, num global de dois mil agregados, um processo que decorreu em simultâneo nas 18 províncias em Fevereiro de 2020 e durou três meses.
A iniciativa visou aferir o estado dos sectores da Agricultura, Pecuária e Pescas e a sua acção na vida das pessoas, para ajudar o Governo a criar melhores condições de apoio a essas actividades. BP/MS