Cuvango - Trezentas árvores fruteiras estão a ser plantadas desde Agosto último pelo “Projecto Agro-pecuário Arquidiocesano”, da Igreja Católica, uma acção social que prevê atingir um milhão de plantas em 2023, no município do Cuvango, na Huíla.
Trata-se de abacateiros, mangueiras, tangerineiras, laranjeiras, limoeiros e goiabeiras, cujo projecto, tem igualmente uma componente que vai dedicar-se à produção de hortícolas, tubérculos e cereais.
A produção é destinada ao reforço da dieta alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade, bem como minimizar a fome no país, através de novos postos de trabalho, promoção da inclusão social das comunidades e melhoria das condições de vida dos envolvidos.
A iniciativa da Arquidiocese do Lubango, em parceria com a organização Casa Fácil está a ser implementada numa área de 17 mil 725 hectares, às margens do Rio Cuvango e conta já com cinco tractores.
A informação vem expressa num relatório sobre o projecto chegado à ANGOP hoje, quinta-feira, onde lê-se que da área total destinada à implantação do programa, 15 mil e 300 hectares são para a agricultura, mil para a pecuária, 500 para pequenas indústrias, igual cifra sevirá à zona habitacional e 425 a infra-estruturas eclesiásticas.
A iniciativa tem incluída a Brigada de Misericórdia “Cristo Rei”, lançada em Julho, do ano em curso, que vai integrar cinco mil jovens de diversas especialidades, ora desempregados, e agricultores para terem uma fonte de rendimento e promoverem a produção nacional.
O projecto conta ainda com parcerias do Ministério da Agricultura, Governo da Huíla, gabinete do Ambiente, Administração do Cuvango, Polícia Nacional e pessoas singulares.
Na primeira fase, segundo o informe, a ideia é trabalhar-se em 300 hectares, com previsão de produzir até 78 mil toneladas de produtos/ano e a sua cadeia de produção vai beneficiar 78 mil pessoas vulneráveis.
Em função do processo de desmatamento de toda a área, a produção poderá aumentar, pois só nos mais de 15 mil hectares para a agricultura vão produzir até três milhões 980 mil, 448 toneladas/ano para mais de três milhões 980 mil pessoas vulneráveis, dependendo da disponibilidade de meios e apoios prestados pelos parceiros.
Em Outubro próximo começa o recrutamento de técnicos para fazerem parte da iniciativa, que fez a plantação da sua primeira árvore de fruto em Agosto último.