Menongue - Um projecto de agricultura, conservação e pesca comunitária, que prevê beneficiar 120 pescadores, foi lançado esta quarta-feira, em Menongue, capital do Cuando Cubango, numa acção que visa melhorar a qualidade de vida da população da região do Okavango.
O projecto, financiado pela USAID, está orçado em 202 mil dólares americanos, a ser executado pela Associação de Conservação do Ambiente e Desenvolvimento Integrado e Rural de Angola (ACADIR).
O mesmo visa contribuir para assegurar a sustentabilidade, a longo prazo, da produção e conservação dos ecossistemas aquáticos do rio Kwando.
O acto de lançamento foi orientado pela vice-governadora para o sector Político, Social e Económico, Adélia Muambeno, que enalteceu a iniciativa, já que vai promover a gestão e a prática pesqueira e conservação ambiental sustentáveis, através da participação activa da comunidade local.
A comunidade beneficiária está estimada em 2,5 milhões de pessoas, firmada numa área de 96 mil 778 quilómetros quadrados, que engloba, no total, Angola, Zâmbia, Namíbia e Botswana.
Na sua intervenção, o director executivo da ACADIR, António Chipita, disse que a ONG que dirige trabalha em parceria com a World Wide Fund for Nature (WWF-Zâmbia), que funciona com empresas, governos, comunidades e outros parceiros, na protecção de bacias hidrográficas e na gestão sustentável de recursos hídricos.
Explicou que o WWF e a ACADIR contam com apoio financeiro da USAID, trabalham desde 2019 na Bacia do Kwando, em Angola, para aumentar a capacidade da comunidade na gestão de recursos hídricos em sistema agrícolas.
Para isso, 180 pequenos agricultores foram treinados em gestão da água doce e agricultura de conservação.
Disse que, desta forma, o WWF, com o apoio financeiro da Dutch Postcode Lotter, lança o programa comunitário de gestão da água por meio de uma abordagem de parceria, para aumentar a resiliência da comunidade, eficiência no uso da água, retenção, nutrição e segurança alimentar para conservação em Rungamambwe, Katasha, Mengela, Jamba e Rivungo.
De referir que, do 100 por cento da bacia hidrográfica da região do Okavango, Angola dispõe de 86 por cento do território, os 14 por cento se encontram distribuídos entre as regiões da Namíbia e Zâmbia.