Ondjiva – O Ministério da Agricultura e Pescas e o governo da província do Cunene estão a estudar as zonas disponíveis para a prática da agricultura, nas margens do canal de transferência de água, a partir da região do Cafu.
A informação foi prestada hoje, quinta-feira, à imprensa, pelo secretário de Estado da Agricultura e Pesca, João Cunha, no final de uma visita de constatação às obras de construção do Sistema de Transferência de Água do rio Cunene, a partir da região do Cafu, um dos projectos estruturantes de combate à seca.
Fez saber que está a ser feito um levantamento para se determinar a área útil disponível para agricultura ao longo dos mais de 108 quilómetros de canais e o número de famílias camponesas a beneficiar.
Explicou que numa primeira fase prevê-se produzir naquelas terras que não apresentam risco de inundar durante o período de chuva, pelo que este levantamento permitirá determinar a superfície útil para ser aproveitada.
“Vamos intervir junto às famílias ao longo do canal, introduzindo algumas técnicas modernas, sistemas de irrigação e culturas que proporcionam rendimentos e mais disponibilidade de produtos de qualidade para a dieta alimentar”, afirmou.
Disse que o principal objectivo é ajudar a população a melhorar o seu sistema de produção agro-pecuário, para poder tirar maior rendimento e gerar empregos para os jovens.
João Cunha mostrou-se satisfeito com o andamento das obras do projecto estruturante de combate à seca, já numa fase avançada, o que transmite esperança as comunidade para incremento da produção agrícola.
Durante a sua jornada de trabalho, de dois dias, à província do Cunene, o secretário de Estado da Agricultura, vai também deslocar-se à povoação do Calueque, município de Ombadja, onde estão concentradas as famílias angolanas regressadas da Namíbia.
Por seu turno, o director geral adjunto para área técnica do Instituto Nacional dos Recursos Hídricos, Francisco Ferreira, informou que as obras do Sistema de Transferência de Água do Cafu estão a bom ritmo e têm a previsão de conclusão em Março.
Avaliado em 44 mil milhões 358 milhões 360 mil 651 kwanzas, o projecto, em construção há um ano, tem uma execução física traduzida acima de 80 por cento.
As obras estão divididas em dois lotes, sendo que o primeiro compreende a captação no leito do Rio Cunene, a estrutura da tomada de água, comportas, assim como a estação de bombagem equipada com duas bombas activas e uma de reserva. Integra igualmente uma conduta pressurizada, com extensão de 10 quilómetros, além de 30 chimpacas.