Cuito - O ministro da Agricultura e Pescas, Francisco de Assis, afirmou hoje, na cidade do Cuito, província do Bié, que o projecto do MOSAP dará continuidade no próximo ano, passando para a fase III, abrangendo as 18 províncias de Angola.
Falando no encontro que manteve de cortesia com o governador desta província do Bié, Pereira Alfredo, sublinhou que, embora há a pretensão do Banco Mundial terminar este ano com o MOSAP II, o Executivo julgou ser necessário a sua prorrogação, em 2022, fruto dos bons resultados que tem vindo alcançar.
O programa já foi implementado nas províncias do Bié, Huambo e Malange.
Francisco de Assis destacou a importância que este projecto tem vindo a dar em prol do desenvolvimento da agricultura, assim como o seu contributo na redução da fome e da pobreza no seio das populações um pouco por todo país.
Entretanto, o governador da província do Bié, Pereira Alfredo, adiantou que a prorrogação do MOSAP, além de animar os camponeses, poderá também estimular o aumento da produção de milho, arroz, feijão, mandioca e hortícolas diversas.
Na sua segunda fase de implementação, que começou em 2018, foram investidos perto de mil milhões de kwanzas, em 102 sub-projectos agrícolas, em sete dos nove municípios da província do Bié, designadamente Cuito, Camacupa, Catabola, Chitembo, Andulo, Cuemba e Nhârea.
Os municípios do Cunhinga e Chinguar ficaram de fora, por terem sido beneficiados na primeira fase, que decorreu de 2011 a 2017.
O projecto foi criado para melhorar a segurança alimentar e reduzir a pobreza nas zonas rurais, através da prestação de melhores serviços e apoio ao investimento no campo.
A implementação do MOSAP I permitiu apoiar 31 técnicos da Estação de Desenvolvimento Agrário (EDA), assim como a formação em liderança e organização comunitárias de 162 associações.
Foram ainda formadas em agro-técnica nas culturas de milho, feijão e batata rena 74 associações, enquanto 61 facilitadores receberam formação em metodologias de escola de campo, além da formação de 17 alfabetizadores e 29 cooperativas agrícolas.
Permitiu igualmente o financiamento de 88 projectos, sendo 33 de mecanização, 30 de tracção animal e 25 moagens, assim como a aquisição de 137 toneladas de fertilizantes, que beneficiaram 4 mil 342 pequenos produtores.
Com a implementação da primeira fase do projecto, os rendimentos por hectare na produção de milho passaram de 400 para 700 quilogramas, da batata rena de quatro para sete toneladas e da mandioca de 11 para 17 toneladas.
Este programa assiste mais de 101 mil famílias camponesas com gado de tracção animal, semeadores, sementes, charruas, fertilizantes, entre outros bens.