Mungo – Uma estufa de produção de café arábica, com a capacidade de produzir 500 mil mudas/ano, foi instalada, segunda-feira, no município do Mungo, província do Huambo, no âmbito do Programa de Revitalização desta cultura no Planalto Central.
Instalada em seis meses, numa área de um hectare e meio, a estufa vai apoiar, igualmente, os produtores dos municípios do Bailundo e Londuimbali.
Após o corte da fita inaugural, a coordenadora nacional do Programa de Revitalização do Café Arábica, Júlia Ferreira, disse que a iniciativa abrange quatro províncias do país, designadamente Bié, Huambo, Huíla e Malanje, no quadro da diversificação da economia nacional.
Das províncias abrangidas, destacou a de Malanje onde já está instalado um viveiro, com a capacidade para produzir dois milhões de mudas, Bié com 500 mil, bem como na estação da Chianga, no Huambo, com 50 mil.
Júlia Ferreira informou que as famílias produtoras constituem a prioridade para estes viveiros, a fim de responderem aos desafios da diversificação da economia nacional, diminuição das importações e aumento das exportações.
Disse estarem já firmados compromissos com comerciantes do exterior, para a compra do café produzido em Angola, embora ainda não tenha capacidade suficiente para responder às necessidades destes parceiros.
Por sua vez, o administrador do município do Mungo, Domingos Pascoal Calei, manifestou agrado pelo facto de os produtores do café da região Norte da província do Huambo terem a oportunidade de beneficiar uma estufa que vai atender às suas necessidades diárias.
Disse que o município do Mungo tem condições físicas, humanas e materiais, para a produção do café, que, através do seu fomento, pode tornar efectiva a auto-sustentabilidade económica.
Informou que a localidade conta com 105 produtores do “banco vermelho” e que continuam expectantes para dar seguimento a este desiderato do Executivo angolano.
O município do Mungo, cuja sede está localizada 130 quilómetros a Norte da cidade do Huambo, conta com 120 associações de camponeses, 192 escolas de campo e 28 cooperativas agrícolas, num universo de 70 mil famílias camponesas, com uma área de 13 mil hectares de terras aráveis.
Vivem no município do município do Mungo, um dos 11 que compõem a província do Huambo, 153 mil 629 habitantes, na sua maioria camponeses, distribuídos pelas comunas do Cambuengo e a Sede, segundo a previsão do Instituto Nacional de Estatística (INE). ZZN/ALH