Mungo – Mais de 123 mil toneladas de produtos diversos, principalmente, cereais, tubérculos e hortícolas, é que se quer atingir no município do Mungo, província do Huambo, na presente campanha agrícola 2023/2024, soube a ANGOP, esta sexta-feira.
A pretensão foi apresentada pelo chefe de sessão da Agricultura, Pecuária e Pescas no município do Mungo, João Baptista Kaquarta, ao lembrar que as famílias camponesas e cooperativas produziram, na época anterior, perto de 100 mil toneladas de produtos agrícolas diversos.
Para este ano, disse, prevê-se a colheita de 123 mil toneladas, em produção numa área de 14 mil 182.45 hectares de terras aráveis, num envolvimento de 153 mil famílias camponesas.
O responsável informou que para o êxito da presente campanha agrícola, foram distribuídas mais de 184 toneladas de fertilizantes às famílias camponesas e para as 35 cooperativas, apoiadas por 192 escolas de campo.
Disse que para o alargamento das áreas de cultivo, o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) entregou quatro tractores e respectivas alfaias a igual número de cooperativas, numa iniciativa que visa garantir a segurança alimentar da população do município do Mungo, nos corredores Norte da província do Huambo.
Produção de café
No domínio do fomento da produção do café, foram distribuídas mais de 176 mil mudas às famílias camponesas e agricultores, no âmbito do programa de repovoamento e revitalização desta cultura no Planalto Central.
Referiu que a municipalidade ganhou, em 2023, uma estufa de produção de café arábica, com a capacidade para produção de 500 mil mudas/ano, numa iniciativa do Ministério da Agricultura e Florestas.
Destacou que a nave, instalada nas margens do rio Lovulo, à entrada da vila municipal, numa área de um hectar e meio, vai apoiar, igualmente, os produtores dos municípios do Bailundo e do Londuimbali, para incentivar a produção com qualidade do “bago vermelho”.
João Baptista Kaquarta assegurou que a municipalidade regista um crescimento animador na produção de café, por parte das famílias camponesas, que já comercializam o produto, com o quilograma a custar 500 Kwanzas, sem necessidade de se deslocarem para os mercados informais.
Sublinhou que o café produzido localmente tem, nos últimos tempos, um grande mercado, pois os consumidores procuram os produtores em suas residências, onde efectuam a comercialização do café, quer a arábica, quer mabuba, enquanto o comercial é vendido a mil Kwanzas, o que vai potenciar financeiramente as famílias camponesas.
De igual modo, informou que a localidade tem 105 produtores do “bago vermelho” e que continuam expectantes para dar seguimento a este desafio do Executivo angolano.
O município do Mungo, cuja sede está localizada a 130 quilómetros a Norte da cidade do Huambo, conta com 120 associações de camponeses, 192 escolas de campo e 35 cooperativas agrícolas, num universo de 70 mil famílias camponesas, com uma área de 13 mil hectares de terras aráveis.
Vivem no município do município do Mungo, um dos 11 que compõem a província do Huambo, 153 mil 629 pessoas, na sua maioria camponeses, distribuídas pelas comunas do Cambuengo e Sede, segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). JSV/ALH
