Lubango - O director municipal da Agricultura, Pecuária e Pescas de Nharêa, província do Bié, Hélder Huambo, destacou, na 4ª edição das Feiras dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA), as propriedades do feijão Mucuna na fertilização do solo, que favorece a prática da agricultura.
Em declarações à ANGOP, Hélder Huambo, fez saber que o feijão Mucuna é de origem americana e que se difundiu no país há décadas, mas ainda é pouco conhecido por muita gente e pelas propriedades que apresenta, o município de Nharêa adoptou e utiliza como adubo orgânico, para evitar o uso excessivo dos químicos.
Detalhou que essa espécie de feijão, não comestível, é nociva à saúde humana, porém não é de todo venenoso, tem sua utilidade na questão da cultura, serve para o fabrico de pulseiras, colares e outros objectos decorativos e de ornamentação.
Destacou que na agricultura, o feijão Mucuma é utilizado como adubo verde, ele é um fertilizador em campos onde a produtividade é baixa ou que quase inexistente, pelo que a sua semente é lançada à terra, germina e após três a quatro meses é colhida.
No caso concreto para adubação orgânica, explicou, não é feita a colheita através de uma tractor com grades, mas com uma gradagem no campo, porque a espécie tem a função de devolver a fertilidade num solo com baixa produtividade.
Sublinhou que a semente é adaptável aos climas meso-térmico e tropical, sendo que em num hectare pode ser colhido a 500 a 400 quilogramas.
“A produção do feijão Mucuna, ainda é em pouca escala e em algumas escolas de campos criadas no quadro do projecto MOSAP II, que já terminou, criaram-se algumas associações ou escolas de campos e uma das metodologias destas escolas de campo é a adubação orgânica e então fizemos alguns ensaios na Nharêa, utilizando esse feijão e o resultado das colheitas hoje são elevadas”, enfatizou.
A feira decorre sob o lema “A vida faz-se nos municípios”, e visa compartilhar informações sobre os municípios e cidades, respectivos programas, projectos e oportunidades de investimento
O certame está a reunir, num espaço bruto de 15 mil metros quadrados, no estádio da Nossa Senhora do Monte, exposições das 164 administrações municipais, dos 18 governos provinciais, ministérios, institutos públicos, empresas públicas, entidades reguladoras, empresas privadas, startups, representantes das organizações da sociedade civil, entre outras entidades. BP/MS