Produção da cebola cai 50 por cento no Quicombo

     Agricultura           
  • Cuanza Sul     Quarta, 27 Outubro De 2021    15h55  
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Mulheres rurais
Mulheres rurais
Luís Catraio
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Responsável da cooperativa "Coração do Quicombo", João Manuel
Responsável da cooperativa "Coração do Quicombo", João Manuel
Luís Catraio
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Cunene: Produçao de cebola
Cunene: Produçao de cebola
José Cachiva

Sumbe – A produção da cebola na Cooperativa Agropecuária “Coração do Quicombo” e na Associação Agrícola “Mamã Wamba”, na comuna do Quicombo, município do Sumbe (Cuanza Sul), reduziu nos últimos 10 meses de três mil para mil e 500 toneladas, devido a falta de meios.

As duas agremiações são as maiores produtoras de cebola na região, em sistema de regadio, com uma produção que já atingiu na década de 1980 – 1990, cerca de sete mil a oito mil toneladas, por ano.

Em declarações hoje, à Angop, o responsável da cooperativa Coração do Quicombo, João Manuel, disse que há dificuldades de instrumentos agrícolas e no sistema de regadio, restringindo desta forma a produção dos 260 hectares de terras aráveis para 130.

“Temos em falta motobombas, mangueiras de regas, charruas, tractores com as respectivas grades, enxadas (…), reduzindo desta forma a capacidade de produção, essencialmente de cebola”, rematou.

Por esta razão, a cooperativa, constituída em 29 de Abril de 1983, está a produzir numa área de 130 hectares além de cebola, culturas de banana, batata-doce, feijão e hortícolas.

A cooperativa conta com 74 membros, entre eles 50 mulheres, tendo para o efeito, dividido a área em pequenas parcelas de terra, como consequência das dificuldades existentes.

Enquanto isto, o responsável da associação Mamã Wamba, Januário Júnior, afirmou que, neste momento, estão apenas a trabalhar em 10 hectares, dos mais de 200 cadastrados, devido a uma avaria no sistema de regadio (motobombas) e existência de mangueiras de rega ressequidas.

Por causa da precariedade da estrada terciária que liga os campos à Estrada Nacional (EN)100,  os agricultores vêm-se obrigados a usar jangadas e aproveitar a correnteza do Rio Cubal para transportar os bens com todos os riscos possíveis.

“Percorremos 30 quilómetros e nessa altura é impossível usar o curso do rio porque o caudal encontra-se baixo”, explicou, apelando a administração municipal do Sumbe no sentido de melhorar esta via, visando facilitar o transporte de pessoas e bens, bem como apoio para reparação das máquinas agrícolas que se encontram avariadas.

A Associação Mamã Wamba conta com 31 associados e além da cebola, dedica-se também à produção do milho, banana, batata-doce, feijão e mandioca.

 

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