Malanje- O município do Quela está aberto à produção de algodão, visando o resgate dessa cultura, há muito perdida, o que vai contribuir no desenvolvimento da indústria têxtil do país, reafirmou hoje o administrador local, Aguiar Quitumba.
O responsável fez saber que, para tal, resta apenas o interesse dos investidores, uma vez que existem terras aráveis e projectos direccionados para o efeito.
Referiu que o Governo está a trabalhar na criação de condições para o empresariado fomentar o cultivo desse produto, mas regista-se pouco interesse.
Precisou que essa abertura foi manifestada a classe empresarial nacional e estrangeira na Feira dos Municípios e Cidades de Angola, decorrida este ano, na província da Huíla, mas, até ao momento, o Grupo Carrinho é a única empresa que apostou nesta vertente.
Sem avançar detalhes, fez saber que nesta senda o Grupo Carrinho já fez ensaios de produção dessa cultura, com a participação de agricultores locais e já obteve alguma colheita.
Aguiar Quitumba não explicou os níveis de produção atingidos na era activa de produção, mas referiu que o algodão foi o cartaz de visita do Quela e que se pretende reactivar o seu cultivo em grande escala.
Acrescentou que a par disso, a agricultura em si constituiu uma das apostas locais, daí que se leva a cabo acções de sensibilização da população no sentido de enveredar para essa área como alavanca para o desenvolvimento da economia e de combate à pobreza.
Actualmente, o município conta com 96 Associações e quatro cooperativas agrícolas integradas essencialmente por famílias que se dedicam a agricultura manual.
A região compreende as comunas de Moma, Missão dos Bângalas e Xandel e detém uma população maioritariamente camponesa, estimada em mais de 20 mil habitantes.
A mandioca, ginguba, milho, batata-doce e inhame são os produtos mais cultivados. NC/PBC/AC