Ndalatando - Vinte e quatro hectares de terra serão cultivados nos campos de produção de Camuaxi e Lucala, na campanha agrícola 2023/2024, visando garantir a auto-suficiência alimentar dos reclusos internados no Estabelecimento Penitenciário do Cuanza Norte.
Na referida campanha, vão ser cultivados produtos como mandioca, feijão, banana, milho, ginguba, batata rena e doce, bem como hortícolas, que vão ajudar no melhoria da dieta alimentar dos reclusos e efectivos
A informação foi avançada, quarta-feira, pelo director provincial do Serviço Penitenciário do Cuanza Norte, subcomissário Luís da Costa Dias, na abertura da campanha agrícola 2023/2024, cerimónia realizada no estabelecimento prisional local.
O acto decorreu no campo de produção do Camuaxi, sob o lema “serviço penitenciário, produzir para garantir a auto-suficiência alimentar”.
Na presente campanha, perspectiva-se a colheita de 62 toneladas de produtos diversos.
Informou que na campanha agrícola anterior, foram cultivados 15 hectares, que resultaram na produção de 25 toneladas de produtos diversos.
Como novidade, o estabelecimento vai apostar nesta campanha agrícola no cultivo de arroz, cuja produção está a ser ensaiada, com resultados positivos, num campo de experimentação de dois hectares.
Para a garantir a produção, a campanha agrícola vai envolver 120 reclusos.
Luís Dias sublinhou que a aposta na agricultura se traduz na aplicação das políticas do binómio “produção-ressocialização”, nos estabelecimentos penitenciários do país.
O objectivo é a auto sustentação e melhoria da dieta alimentar dos reclusos e efectivos, assim como a comercialização do excedente da produção.
Destacou a importância da agricultura no sustento dos estabelecimentos penitenciários do país e sua contribuição para tirar da ociosidade os reclusos.
Além da agricultura, o estabelecimento penitenciário do Cuanza Norte aposta também na aquicultura, avicultura e criação de gado caprino e suíno.
Por sua vez, o delegado provincial do Interior em exercício, comissário Alberto João Dassala, informou que, além da agricultura, os reclusos beneficiam de formação em artes e ofícios em várias especialidades.
Salientou que a inserção dos mesmos em actividades socialmente úteis visa capacitá-los, para que após a reintegração na sociedade possam, por meio de iniciativas próprias, viver através do trabalho lícito.
Actualmente, o estabelecimento prisional do Cuanza Norte, com capacidade para 250 reclusos, conta com 446, dos quais 313 condenados. DS/IMA/OHA