Uíge - O director-geral do Serviço Penitenciário, comissário prisional principal Bernardo Gourgel, anunciou, terça-feira, na província do Uíge, o relançamento da produção agrícola nas unidades prisionais do país, para a melhoria da dieta alimentar dos reclusos.
Fundamentou que o Ministério do Interior está a trabalhar para o reforço de equipamentos agrícolas, a fim de assegurar a capacidade produtiva da população penal.
O Serviço Penitenciário no país controla 31 mil hectares de terra, onde mais de 14 mil cidadãos condenados apostam na produção agrícola numa área de mais de mil hectares de terra.
Ao falar no encontro com os membros do conselho consultivo da Delegação Provincial do Interior no Uíge, Bernardo Gourgel disse que o Serviço Penitenciário está a trabalhar na busca de soluções que contribuam para diminuir a crise alimentar, aumentar a produção interna e o emprego aos jovens.
Explicou que a visita à província do Uíge visa avaliar a produção agrícola e o estado de funcionamento e organizacional das estruturas locais.
"Existe já um estudo profundo do campo agrícola do Kindoki, visando a produção em grande escala de batata rena e doce, banana, mandioca, amendoim, milho, arroz e outros produtos do campo.
Bernardo Gourgel considerou que a unidade situa-se numa área com melhores condições para o desenvolvimento da actividade agrícola.
O responsável realçou que a instituição aposta igualmente no repovoamento de aves e de gado caprino e suíno.
A esse respeito, adiantou que o Ministério do Interior já estabeleceu condições para a criação de centros de produção de pintos, nas províncias de Benguela, Cuanza Sul e Bengo, para repovoamento de aves em todos os serviços penitenciários do país.
O director-geral do Serviço Penitenciário, que trabalha no Uíge desde segunda-feira, manteve encontro com o governador José Carvalho da Rocha, órgão de justiça na província, bem como visita às instalações da Comarca do Congo.