Luanda - O director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Carlos Cambuta, afirmou esta quinta-feira, que os projectos em curso no sul do país, têm permitindo as populações terem acesso à água para o consumo e para a agro-pecuária.
O responsável fez esta afirmação na abertura da Conferência Internacional Sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres e Alterações Climáticas, tendo destacado a construção de cisternas calçadão, para o aproveitamento das águas das chuvas, e o Canal CAFU.
Sublinhou que fruto dos efeitos destes investimentos do Executivo angolano, o gestor colocou o projecto à disposição de especialistas para estudos científicos, numa perspectiva de verificar qual é a possibilidade de ser experimentada noutras localidades.
Segundo o responsável, no contexto das alterações climáticas é necessário pensar-se em pequenas acções, no sentido das mesmas poderem complementar os grandes projectos, como os do Cunene que estão a ajudar a mitigar os efeitos da seca e da fome no Sul.
"O canal do CAFU é sem dúvida um projecto importante, mas a questão que tem a ver com o acesso à água não pode depender apenas desse canal. Precisamos de outras pequenas acções que o possam complementar, como as cisternas calçadão", frisou.
Disse ser nesta linha de pensamento que a conferência está projectada, com o objectivo de analisar que acções estão em curso, apresentar propostas eficazes e, na sequência destas soluções, envidar os esforços para que sejam efectivamente implementadas.
Conforme Carlos Cambuta, pretende-se que a conferência seja um espaço de troca de informações, conhecimento e experiências, sobre que acções estão em curso, quer da parte do Executivo quer dos seus parceiros, e como multiplicar as mesmas?
O director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) considerou que os fenómenos naturais não se combatem, mas que requerem acções que permitam a população conviver com a realidade, por as alterações climáticas serem frequentes.
O responsável disse, por outro lado, que os direitos sexuais e reprodutivos, bem como as alterações climáticas, são, sem dúvidas, temas determinantes para o alcance do bem-estar económico e social.
Realçou que pensar de forma conjunta em soluções eficazes sobre o contexto dos direitos sexuais e reprodutivos na óptica das alterações climáticas é um passo importante para a superação dos desafios socioeconómicos.
A Conferência Internacional Sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres e Alterações Climáticas, contou com 150 participantes.
Nele foram abordados temas como "Experiências de mulheres que convivem com a seca no sul de Angola", Estratégias de protecção dos direitos das mulheres e meninas em Angola", e "Experiência de Organização Civil nos domínios dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher" e "Resiliência Climática".
A ADRA é uma Organização Não Governamental Angolana comprometida com a construção de um desenvolvimento democrático, sustentável, social, económico e ambientalmente justo, e com o processo de reconciliação nacional e a paz para Angola.
SL/MDS