Lubango - O Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários da Huíla está, desde Janeiro último, a fazer um levantamentode pessoas e empresas que se dedicam ao processamento de resíduos, a fim de organizar a actividade e mobilizar outros para a causa.
Dados do gabinete apontam que actualmente a Huíla tem mais de 20 catadores formados para exercer a actividade e cinco empresas que absorvem resíduos em papel, alumínio e outros metais.
Em declarações à ANGOP hoje, sábado, nesta cidade, a directora do Ambiente Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários da Huíla, Tânia dos Santos, afirmou que a par desses mais de 20 formados, existem outras centenas de pessoas espalhadas por diversos pontos da província a fazer a actividade, sem capacitação.
Declarou que as empresas fazem a aquisição e o objectivo das visitas é o de organizar e orientar segmento, para poder orientá-las melhor, por tratar-se de uma forma de preservação do meio ambiente, assim como uma fonte de rendimento de muitas famílias.
Afirmou que a recolha de material recicláveis constitui, para muitos, única forma de garantir a sobrevivência e possibilidade de inclusão num mercado de trabalho que tende a se abrir mais no país.
Fruto disso, destacou a necessidade das empresas terem um plano de gestão de resíduos classificados e os catadores devem ser capacitados, pois vai chegar o momento em que as pessoas não vão poder vender sem estarem devidamente formadas e cadastradas.
“Estamos a perceber as iniciativas locais, encontrar metodologias para incentivar e orientar como deve ser feito o cadastramento empresarial e dos catadores”, reforçou.
Tânia dos Santos fez saber que para além do Lubango, já efectuaram visitas nos municípios da Matala, Humpata, Chipindo, Cuvango e Jamba, uma actividade que vai ser feita até Março do ano em curso.
Referiu estar-se a trabalhar num programa de sensibilização das famílias e empresas para estabelecer contractos com estas empresas que compram plásticos, papeis, papelões, garrafas e ferros, entre outros resíduos para transformar em novos materiais.
A responsável sublinhou que estão entre os desafios do gabinete, para o ano em curso, a implementação de um programa ambiental para o desenvolvimento de acções educativas, visando capacitar e habilitar os sectores sociais, com ênfase nas comunidades, para uma actuação efectiva na melhoria da qualidade ambiental. EM/MS