Lubango - Uma Feira da Sustentabilidade foi aberta hoje, sexta-feira, no Lubango, com pelo menos 18 expositores, que trazem diversas soluções para as problemáticas ambientais, no quadro da Semana Nacional do Ambiente (26 a 31 de Janeiro).
Entre as soluções constam o bloco e carvão ecológico, a da reciclagem e reutilização de materiais para artesanato, plantas diversas, electro-domésticos, poltronas e mesas, todos feitos de material reaproveitável.
Ao falar na abertura oficial da semana, que marcou também o Dia Mundial da Educação Ambiental assinalado hoje, a directora do Gabinete do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários da Huíla, Tânia Dias dos Santos, referiu que o evento tem a duração de dois dias e busca alimentar a consciência ecológica das pessoas.
Referiu contar com soluções expostas de empresas privadas, de associações e de instituições escolares, tanto do ensino primário, médio e do superior.
Os expositores, conforme a directora, trazem o potencial de escolas, de trabalhos que os alunos têm feito e que podem ser a uma via alternativa e sustentável para o quotidiano da sociedade actual.
“Temos o assunto repensar, na política dos cinco R (repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar), na questão das pessoas repensarem a desfazerem-se de roupas e alguns materiais ou não tiver utilidade, a doarem, oferecerem ou venderem, mas não pôr na natureza, pois torna-se altamente prejudicial”, explicou.
Tânia Dias dos Santos fez saber que têm igualmente um recinto para jogos didácticos, onde as crianças vão poder brincar, aprender sobre o ambiente, através de documentários, entre outras actividades atractivas ligadas à educação ambiental.
Salientou que a questão ambiental é mais complexa do que se imagina, pois no meio ambiente estão inseridos e interligados questões sociais e económicas, pelo que a responsabilidade de respeitar, conservar e preservar é de todos.
“Enquanto actores permanentes que visam estabelecer e alcançar os 17 objectivos do desenvolvimento sustentável, somos todos chamados a agir na promoção da cidadania e protecção ambiental, por meio das iniciativas do Governo, de mais instituições, empresas ou organizações”, manifestou.
O lema da semana é “Promover um ambiente sustentável em Angola é valorizar a vida” e durante o período, na Huíla foi apresentado um aplicativo de valorização de resíduos, assim como a Estratégia Nacional da Educação Ambiental 2022-2050.
Está previsto ainda a realização do Fórum provincial sobre as alterações climáticas, na quarta-feira, 31, com temáticas como “Tendências climáticas no Sul de Angola”, “Sequestro de carbono nas florestas de savanas”, “Resiliência climática no Sul de Angola” e o “Impacto das alterações climáticas nas crianças e adolescentes”
O 31 de Janeiro é o Dia Nacional do Ambiente. Foi nesta data que terminou a primeira Semana de Conservação da Natureza, realizada entre 26 a 31 de Janeiro de 1976 na cidade de Luanda.
Reflectir o estado do ambiente e reforçar os alertas aos diferentes sectores de actividade para a necessidade de se adoptarem padrões de vida sustentáveis, que promovam uma gestão equilibrada dos recursos naturais.
A data serve ainda para rebater sobre a relação que cada um tem com a natureza, uma vez que um dos maiores desafios da humanidade é a sua manutenção e crescimento sem comprometer de formas irreversíveis e significativas os recursos naturais, cada vez mais escassos e limitados no país.
A efeméride mostra o lado humano das questões ambientais, capacitar as pessoas para serem agentes activos do desenvolvimento sustentável, promover a compreensão de todos sobre a necessidade da mudança de atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais e firmar parcerias para garantir que as próximas gerações desfrutem de um futuro mais seguro e mais próspero.
O Dia Mundial da Educação Ambiental foi instituído a 26 de Janeiro de 1975 pela Organização das Nações Unidas, para fomentar uma maior consciencialização sobre a necessidade de proteger o meio ambiente por meio da educação. EM/MS