Huambo - Angola participa com sete projectos no Centro da África Austral para Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos (SASSCAL 2.0), cuja implementação teve início em Março último, soube a ANGOP.
Trata-se de projectos ganhos pelos pesquisados das universidades Agostinho Neto (UAN), José Eduardo dos Santos (UJES) e Kimpa Vita, para além do Instituto Superior Politécnico da Tundavala e da organização não-governamental angolana ACADIR.
A informação foi prestada, esta terça-feira, à ANGOP, pelo coordenador do SASSCAL em Angola, Vasco Chiteculo, frisando que os projectos nacionais estão ligados aos problemas de infra-estruturas, da rede de interacção científica para a criação de networking e outros de apoio, aprovados para o triénio 2022 - 2025.
Destes, destacou os projectos da Universidade José Eduardo dos Santos, no Huambo, voltados à segurança alimentar e utilização de florestas para as áreas comunitárias, manejo e sustentabilidade dos solos angolanos e apoio à capacitação de apicultura para a produção do mel.
Acrescentou que o da ACADIR, em funcionamento na província do Cuando Cubango, aborda o desenvolvimento de meios de subsistência aprimorado e gestão de recursos humanos, em função das alterações climáticas.
Em 2022, disse, os projectos basearam-se na aquisição de equipamentos, apetrecho dos laboratórios, desenvolvimento de capacidade humana e intercâmbio, ao passo que a fase da implementação iniciou em Março último, com término previsto para 2025.
Ao total, Vasco Chiteculo disse que o SASSCAL 2.0 conta com 13 projectos, estabelecido em cinco países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), designadamente Angola, África do Sul, Botswana, Namíbia e Zâmbia, com apoio financeiro da República Federal da Alemanha, num valor de 8,6 milhões de euros.
Informou que Angola, para além de participar com sete, num orçamento de 678.130, 54 euros, coordena, igualmente, dois destes, designadamente o de apoio de manejo sustentável de fertilidade dos solos e o da criação de um campo virtual de engenharia.
As acções do SASSCAL, segundo o responsável, estão divididas em diversas categorias, desde os grandes problemas da SADC, pesquisas individuais, rede científica de currículos nas universidades da Região, aperfeiçoamento das infra-estruturas científicas e acções de desenvolvimento das comunidades.
Visa, também, a resolução dos problemas regionais, em ambos os países, contando, para o efeito, com a cooperação dos cientistas dos membros, que estão interligados na apresentação de soluções viáveis, a exemplo da falta de água, nutriente nos solos e na realização de exames laboratoriais.
Os especialistas da organização tratam das questões de acordo com as suas capacidades, para a resolução dos problemas identificados num dos membros da comunidade, com impactos positivos diversos no bem-estar da população.
Destacou os impactos do SASSCAL no bem-estar da sociedade, como a formação de quadros, crescimento dos investigadores no quadro da ciência no país e na SADC, estancamento de ravinas nas diversas comunidades.
O SASSCAL 2.0, que conta com a participação de especialistas de Energia e Águas, Agricultura e Florestas e Ambiente, ligados ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, está focado no fomento das actividades científicas das universidades da SADC e da sociedade civil, num financiamento da Alemanha. ZZN/ALH