Dubai (Do enviado especial) - O meio ambiente enfrenta vários riscos e ameaças, tendo em conta o aquecimento global, a perda da biodiversidade e a desertificação, causado pelo homem, principalmente no final do século XX.
Diante desses riscos, a Organização das Nações Unidas (ONU) organiza diferentes reuniões com o objectivo de buscar a colaboração internacional, com destaque para as COP, acrónimo de "Conference of the Parties" (Conferência das Partes), ligadas frequentemente as negociações ambientais e, em particular, às mudanças climáticas.
As COPs são conferências de alto nível organizadas pela Organização das Nações Unidas que reúnem Estados, organizações regionais e membros da sociedade civil para estabelecer negociações que definem medidas para conter a crise climática global.
O nome das COPs é composto por uma sigla e um número, que reflecte a edição da COP. Como o evento vária de acordo com o tipo de conferência, a numeração vária mesmo que sejam realizadas no mesmo ano, ou seja, a COP 27 sobre mudanças climáticas foi realizada em 2022, mas também foi celebrada a COP 15 sobre biodiversidade e a COP 15 sobre desertificação, apesar de terem um número diferente.
A cúpula reúne os líderes de praticamente todos os países do mundo, membros signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), as chamadas “partes”.
Realizado desde 1995, a chamada COP 1, em Berlim, Alemanha, o evento foi marcado pela incerteza quanto ao significado do que cada um dos países deveria fazer para combater as emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE), resultando em um mandato que estabeleceu um período de dois anos de análise e fase de avaliação.
Esta fase, por sua vez, resultou em um catálogo de instrumentos, a partir do qual os países membros podiam escolher e, assim, compor um conjunto de iniciativas correspondentes às suas necessidades.
Este ano, realiza-se a COP 28, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, de 30 de Novembro a 12 de Dezembro, com foco no primeiro balanço global desde a adopção dos Acordos de Paris, com fim de avaliar os progressos alcançados oito anos depois, incluindo metas que precisam ser postas em prática para colmatar as lacunas em falta.VIC/VM