Cuito – Quinhentos e 50 metros cúbicos de lixo de diferentes espécies são produzidos diariamente na cidade do Cuito, capital da província do Bié, informou esta quinta-feira o seu administrador municipal, Abel Guerra Paulo.
O responsável teceu estas declarações quando discursava na abertura do encontro com os agentes económicos deste município, que visou divulgar o regulamento provincial sobre limpeza pública, higienização e gestão de resíduos.
Abel Guerra Paulo reiterou a necessidade de se construir o primeiro aterro sanitário o mais rápido possível, já que a urbe cresce a cada dia que passa.
De acordo com o administrador municipal, há previsão da construção do aterro durante o presente quinquénio, que poderá também atender as vilas do Cunhinga e Catabola.
Actualmente vivem na cidade do Cuito mais de 600 mil habitantes, distribuídos em 60 bairros.
Disse ser preocupante a quantidade de lixo produzido diariamente, uma vez que a capacidade de recolha na cidade capital ainda não corresponde, estando a operar na recolha e tratamento dos resíduos apenas quatro empresas.
Estas empresas estão vocacionadas em recolher o lixo apenas no casco urbano e algumas zonas peri-urbanas, faltando atingir as zonas rurais e outros bairros com uma densidade populacional considerável.
Abel Guerra Paulo frisou que, para o efeito, tem trabalhado na sensibilização e mobilização dos próprios moradores, a fim de se juntarem aos 200 trabalhares catadores de lixo controlados pela administração, para a realização de campanhas.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos no Bié, Josefina Massoxi Carlos, que promoveu o encontro, defendeu uma maior educação ambiental nas comunidades para a qualidade de vida das populações.
A responsável informou que o regulamento sobre limpeza pública, higienização e gestão de resíduos visa melhorar a actuação no seu tratamento, principalmente para os agentes económicos, titulares de empresas ou fábricas no exercício diário das suas actividades.
Para o efeito, estão instalados na cidade do Cuito 16 ecopontos para a recolha selectiva do lixo, mais de 20 contentores, um ecocentro, uma lixeira controlada para o depósito de todo lixo retirado nas artérias da cidade do Cuito.
Em declarações à ANGOP, o proprietário do Solar do Cuito, uma das unidades hoteleiras local, Joaquim Jesus, defendeu a necessidade da administração pública criar um imposto específico para o pagamento do resíduo produzido nas unidades fabris e outros empreendimentos produtores de lixo em grande escala.LB/PLB