Huambo – Pelo menos 50 fiscais são necessários pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) na província do Huambo, para contrapor o abate indiscriminado de árvores nos polígonos florestais, informou a directora local da instituição, Luísa de Sousa.
Em declarações hoje, quinta-feira, à ANGOP, fez saber que o IDF no Huambo conta apenas com quatro fiscais, sendo dois efectivos e igual número em regime de contrato.
Referiu que este número reduzido de profissionais faz com que a devastação florestal nos 11 municípios da província, sobretudo, nesta época seca, fuja, muitas vezes, do controlo do IDF.
Sem precisar o total de área devastada, Luísa de Sousa apontou os municípios da Caála e da Chicala-Cholohanga, principalmente, à noite e aos fins-de-semana, como os locais com maiores queimadas anárquicas e de garimpo de madeiras.
Informou que o IDF necessita, igualmente, de pelo menos cinco viaturas para os fiscais, tendo em conta que a instituição possui apenas um meio para o efeito.
Entre os prejuízos das queimadas anárquicas, a responsável destacou a redução da produção do mel, a irregularidade das chuvas e as elevadas temperaturas atmosféricas.
Para reduzir este mal, Luísa de Sousa disse que o IDF pretende criar, este ano, uma comissão multissectorial, com o envolvimento das administrações municipais, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, autoridades tradicionais e outros entes públicos e privados, com o objectivo de reforçar a educação ambiental nas comunidades.
Adiantou que a instituição prevê, igualmente, plantar diversas quantidades de árvores nos 11 municípios da província, a partir de Setembro deste ano, com maior incidência nas áreas devastadas, para devolver o brilho retirado.
Segundo a responsável, o IDF na província do Huambo controla cinco empresas exploradoras de madeiras em regime de concepção, que não só cortam as árvores, mas que, ao mesmo tempo, fazem plantações para repovoar as zonas de actuação, enquanto os demais trabalham à margem da lei. ZZN/ALH