Luanda - O Instituto de Telecomunicações de Luanda (ITEL) venceu o concurso “Planeta Oceano: As Marés estão a Mudar”, com o projecto de recolha de lixo e monitorização de resíduos plásticos no mar em tempo real.
O evento decorreu durante a Feira Ecológica de Luanda, numa iniciativa da Comissão Nacional de Angola para a UNESCO (CNU), Coca-Cola/Refriango e Associação Nação Verde (ANV).
Segundo uma nota, enviada esta terça-feira, à ANGOP, o trabalho, realizado por três alunos, consiste na construção de um robô capaz de recolher resíduos plásticos dos mares, implementação de um íman para atrair microplásticos e instalação de uma câmara de monitorização em tempo real, com recurso a inteligência artificial, que envie mensagens de alerta sobre a quantidade de resíduos num determinado ponto do oceano.
Em segundo lugar, ficou a Escola de Saúde Castelo, com o projecto de criação de redes de retenção, feitas de material reciclado para a recolha de resíduos antes que cheguem ao mar.
O terceiro classificado foi a escola Instituto Politécnico Industrial de Luanda (ex Makarenko), com a iniciativa de “Soluções para acabar com a poluição plástica nos oceanos”, que prevê a implementação de ecopontos nas praias para deposição de resíduos sólidos em troca de uma compensação monetária.
Na ocasião, a ministra da Educação, Luísa Grilo, ressaltou a importância do poder da educação expresso nos projectos apresentados na Feira Ecológica, ressaltando ser uma ferramenta capaz de moldar comportamentos, desenvolver o intelecto, a consciência crítica, estimular o sentimento de auto protecção e conservação da vida.
Referiu que as ideias apresentadas são soluções práticas para a protecção do meio ambiente e espelham o resultado das acções de educação ambiental que têm sido implementadas em várias escolas.
Já o secretário permanente da Comissão Nacional de Angola para a UNESCO, Alexandre de Sousa Costa, afirmou que “a educação e o ambiente são áreas que se complementam, pois ambas desempenham um papel de inspirar, informar e capacitar as nações e os povos para a preservação ambiental.
Por sua vez, o presidente da Associação Nação Verde, Nuno Cruz, comentou que o projecto de implementação de ecopontos nas escolas tem assumido um papel preponderante em relação à logística reversa e à economia circular”.
Salientou que o mesmo está igualmente a ajudar os alunos a adoptar comportamentos ecologicamente correctos, como não descartar resíduos sólidos em locais como valas de drenagem ou a via pública.
O concurso envolveu dez instituições dos I e II ciclos do ensino secundário da Rede de Escolas Associadas à UNESCO.
O acto de encerramento foi também testemunhado pela secretária de Estado para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Paula Francisco Coelho. SJ/ART